Antes de tudo preciso dizer que sou um defensor incondicional
do direito ao voto. No entanto, aqui no Brasil, poderíamos comparar as eleições
a uma pescaria num rio onde tem poucos peixes que valham à pena fisgar e, quando isso acontece, geralmente é traíra. Mas o que eu quero perguntar é: qual o
sentido de o voto ser obrigatório em nosso país se o eleitor pode, se assim
desejar, anulá-lo ou simplesmente não optar por qualquer candidato, pelo motivo
que lhe convier, votando em branco? A obrigatoriedade de se fazer presente às
urnas criou um efeito contrário. Não é raro encontrar quem considere um fardo o
comparecimento aos locais de votação. A busca pelo direito ao voto levou
pessoas a morrerem por esta causa, enquanto, sua obrigatoriedade,
propositalmente ou não, tirou-lhe o encanto. Pior, favoreceu aos oportunistas
que utilizaram do famigerado “toma lá, dá cá” para se eleger. Aproveitam-se da
carência dos eleitores mais desvalidos, desinformados e com pouco discernimento
(sem contar aqueles que são esclarecidos, mas com caráter, contestável) para
transformar as eleições, via de regra, num jogo de poder financeiro e de cartas
marcadas.
terça-feira, 14 de agosto de 2018
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