segunda-feira, 6 de agosto de 2012

ABRASCAM: 25 Anos.

Eu e mais quatro colegas de trabalho participamos em Florianópolis, Santa Catarina, do XXVII Congresso Brasileiro de Servidores de Câmaras Municipais, nos dias 24 a 27 de maio de 2012. Todos nós fomos com diárias, passagens e inscrições pagas pela Câmara Municipal de Feira de Santana que, por meio de sua administração, não se furtou ao compromisso de qualificar seus servidores. Mesmo assim, creio que ainda falta um planejamento, que poderia partir do Setor de Recursos Humanos, para que todos os servidores pudessem ser contemplados com a possibilidade de se reciclarem. Até hoje a iniciativa de solicitar a participação em algum curso, congresso ou algo do gênero parte de cada servidor, individualmente.

Sobre a formação técnica do servidor o Palestrante: Dr. Florian Madruga – Associação Brasileira de Escolas dos Legislativos e de Contas-ABEL falou sobre a possibilidade da criação de uma Escola do Legislativo também nas câmaras municipais.

O Dr. André Barbi – IGAM fez comentários sobre a necessidade de qualificação dos servidores e disse não haver, em sua opinião, relação direta entre o número de servidores comissionados com os servidores efetivos. Segundo o que pude entender do seu discurso, apesar dele achar pouco razoável o número excessivo de comissionados nas câmaras municipais em todo o país não vê nenhuma ilegalidade a respeito e acha que não há proporcionalidade a ser obedecida.
O Servidor de Carreira e a Previdência foi o tema abordado na palestra ministrada pelo Dr. Delúbio Gomes Pereira da Silva – Ministério da Previdência. Ao contrário do Dr. André Barbi ele acha que deveria haver a proporcionalidade entre servidores comissionados e efetivos. Atentou para o fato dos institutos de previdência “quebrarem” diante do envelhecimento e consequente aposentadoria de boa parte dos servidores em atividade e da falta de concursos públicos para que haja um equilíbrio nas contas.

“Se o malandro soubesse como é bom ser honesto, seria honesto só por malandragem”. Essa frase que aparece na letra da música, Caramba... Galileu da Galileia, do cantor Jorge Ben Jor foi citada pelo palestrante Promotor de Justiça do Ministério Público de Santa Catarina, Affonso Ghizzo Neto para ilustrar sua fala sobre corrupção. Ele ressaltou que cada um de nós, em algum momento, cometeu ou irá cometer algum ato de corrupção. Segundo ele, trata-se de um problema cultural e que a solução passa pela compreensão.  Se bem entendi o que ele disse cada ser humano teria que pensar em seus atos e que não se deve aceitar um mal menor. Aceitar o mal menor seria aceitar o mal como um todo, banalizando-o, legitimando-o.
Gostei da organização e das palestras desse Congresso. No entanto tenho notado certo enfraquecimento da Associação Brasileira dos Servidores de Câmaras Municipais-Abrascam, inclusive com uma tendência a dispersão de servidores e maior presença de vereadores nos encontros anteriores. Em Florianópolis isso não ocorreu, talvez devido a estarmos em ano eleitoral, não sei. O importante é que esse Congresso foi um sucesso. Parabéns a todos!

quarta-feira, 4 de julho de 2012

A Feira é dos ambulantes.


A cidade de Feira de Santana é dos ambulantes e nós, na condição de compradores ou não, é que sofremos com as consequências da falta de organização.
Ao contrário do que possa parecer não tenho nada contra a existência dos vendedores ambulantes. Esse trabalho informal vem crescendo muito e tornou-se a maior opção para aqueles menos afortunados que buscam ganhar o pão de cada dia e não conseguem um emprego digno. No entanto a maneira como muitos deles instalam-se nas calçadas e ruas é que vem a ser inapropriada. Aglomeram-se no centro da cidade à busca dos clientes que travam uma luta diária para se locomover em verdadeiros labirintos formados por barracas sem padronização e entre carros de mão com aqueles cestos enormes. Para piorar a situação os donos de casas comerciais, revoltados com a “perda” de clientela para esses “empreendedores alternativos” lançam suas mercadorias para fora de seus estabelecimentos reivindicando a atenção dos consumidores.

Alheio a tudo isso o poder público pouco faz para resolver o problema e quando se manifesta é tímido nas suas atitudes.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

A culpa é do Sistema


Porque é mais fácil aceitar e até compartilhar dos maus costumes do que tentar mudá-los? Porque a desorganização e a falta de planejamento vêm a ser tão cômodo para alguns?

Qualquer um que chega a um novo ambiente de trabalho na maioria das vezes é bem intencionado. Tem pensamentos voltados ao bom desenvolvimento das suas atribuições. É zeloso e comprometido com seus afazeres e ético com seus colegas. No entanto, esse mundo ideal pode vir a ruir diante dos maus costumes há muito arraigados numa instituição.

Em corporações das mais variadas linhas de atuação não são raros os profissionais que pensam apenas no resultado final, seja a que preço for. Se os objetivos foram, mesmo que razoavelmente, alcançados então para eles pouco interessa quais foram os métodos empreendidos. Ou seja, eles acreditam que o fim justifica os meios. O pior é que esse tipo de comportamento tem um alto poder de sedução e pessoas que antes pensavam e agiam de forma contrária acabam se deixando levar pelo “lado negro da força”.

Sistema. Nesse caso é o nome dado ao mundo formado por pessoas que adquirem certos privilégios para deixarem as coisas exatamente do jeito que elas estão.  

“Se você pode ser bem sucedido sem mexer em nada, sem organizar nada, sem planejar nada, então deixe tudo assim mesmo. Pra que se indispor? Se eu disser faça, é pra fazer. Não admito argumentações. Ética, pra que? Alie-se a mim e terá a recompensa. Fique contra mim e se tornará meu inimigo”. Essa é a mensagem do sistema. É assim que ele funciona.

Poucos são aqueles que não se entregam e ainda persistem no seu ideal. Trata-se de uma luta ingrata.

Como eu já disse em outras ocasiões, eu sou muito crítico com as mazelas do trabalho, com pessoas mal educadas, com o lixo nas ruas, com a corrupção, com a falta de ética, dentre outras coisas, e por isso quando aqueles que eu critico veem que cometi algum erro vão logo dizendo que eu não sou perfeito. É claro que eu não sou. Mas pelo menos eu tento ser!

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Você tem pressa de quê?

         

            O mundo tem pressa. O nosso dia a dia é uma verdadeira correria. Temos a impressão que o tempo é sempre escasso.
            O trânsito é um retrato fiel dessa agonia que tomou conta de muitas pessoas. Aqueles que respeitam a sinalização (poucos, por sinal) quando parados no sinal vermelho ficam ansiosos pela chegada da luz verde. Os olhos ficam fixos no semáforo e os pés e mãos aceleram seus veículos como se estivessem participando da largada de uma corrida. Do outro lado são pedestres que esquecem a prudência e atravessam as pistas em lugares e momentos indevidos pondo em risco as suas vidas.
            Esse mal que acomete a nossa sociedade provoca distorções de comportamento. Não precisa ser nenhum profissional de saúde para notar que as pessoas ficam mais irritadiças, com pouca paciência diante do sentimento de que tudo tem que ser feito pra ontem. A urgência tem se tornado a protagonista. Como se ao fazer as coisas com rapidez excessiva desse a certeza de eficiência e eficácia. Muito pelo contrário. Já dizia o ditado: A pressa é a inimiga de perfeição.


terça-feira, 1 de maio de 2012

Prevenir é melhor que remediar?


   Prevenir é melhor que remediar. Essa afirmação geralmente é feita com relação à nossa saúde, mas pode-se fazer uma analogia no que diz respeito aos ambientes de trabalho. Nas organizações em geral muitas são as possibilidades para que um problema ocorra e elas têm de estar preparadas, com profissionais qualificados, para corrigi-los. No entanto é comum verificar que muitos desses equívocos poderiam ser evitados com atitudes de prevenção.

   Mas porque muitas pessoas parecem preferir deixar o problema aparecer, mesmo quando alertados da sua possível ocorrência, para só depois tomar providências na busca de soluções? Comodismo, talvez? Falta de comprometimento? Ou seria uma maneira deturpada delas atingirem seus objetivos profissionais e financeiros?

- O comodismo pode advir do tempo de trabalho. A repetição sistemática dos processos pode trazer uma sensação de relaxamento e o indivíduo acostumado com a mesmice de suas atribuições acredita que se tivesse com os olhos fechados faria tudo com a mesma eficiência. Com isso comet-se os erros por excesso de autoconfiança;

- O famigerado: “Eu não quero nem saber” é o ditado predileto dos não compromissados. Geralmente os adeptos dessa frase têm um discurso diferente quando estão diante dos seus superiores hierárquicos. Dizem dar valor ao trabalho em equipe e para eles tudo está sempre muito bem. Tentam justificar seus erros minimizando-os e, ao contrário, supervalorizam seus trabalhos. Quando em contato com colegas irritam-se e se mostram ofendidos quando são contestados;

- O ser humano tem uma tendência “natural” a valorizar, de maneira mais significativa, quem corrige os erros do que àqueles que tentam evitá-los preventivamente. E há quem se aproveite disso mesmo com a possibilidade de trazer prejuízos à instituição. Convenientemente para estas pessoas remediar é sempre melhor.

   É óbvio que as dificuldades existem e nem todos os problemas podem ser evitados. Se eles acontecerem, as instituições devem estar imbuídas na busca de alternativas para elucidá-los. E independente de quais funcionários estejam participando do grupo de correção se faz necessário que a informação dos incidentes e das providências adotadas para saná-los seja compartilhada com todos aqueles envolvidos no processo de uma forma geral, inclusive, para que o fato não volte a ocorrer em outra oportunidade. Ou seja, resolvem-se os problemas encontrados e, ao mesmo tempo, elevam-se os níveis de prevenção.

quinta-feira, 22 de março de 2012

"Eu prometo!"


Sempre cercada de muita ansiedade a solenidade de formatura é um dos momentos mais felizes da vida de uma pessoa. Só quem passa por ele sabe o quão é emocionante.

Muitos são os preparativos e todos ficam imaginando a ocasião de receber o diploma e, enfim, fazer uma bela festa e acolher os abraços de parentes e amigos. É realmente inesquecível.

No entanto, nessa mesma solenidade tem uma parte que deveria merecer maior destaque: o juramento.

É no juramento que os formandos prometem ser éticos, agir de acordo com a lei vigente no país e com as regras e princípios do seu Conselho ou Ordem. Levantam as mãos e com voz forte e imponente chegam a se emocionar jurando veementemente que serão pessoas corretas e que irão usar seus conhecimentos em prol da sociedade. Cabe o questionamento:

Quantos formandos seguem à risca ou mesmo que minimamente aquilo que prometeram? É difícil dizer, mas diante do que vemos no nosso dia a dia o número não parece ser nada animador. Acredito que muitos sequer têm esse momento em suas lembranças. A verdade é que pouca importância se dá ao juramento. De uma maneira geral tratam o tema como uma mera formalidade.

Esse texto não tem o intuito de julgar ninguém, mas de sugerir uma reflexão. Porque é tão difícil cumprir as promessas proferidas? Será culpa do mercado? Talvez do capitalismo, o que acham?

O ritual de juramento nunca vai mudar. Nós é que devemos mudar. Nós é que devemos transformar.

Houve um tempo que a palavra valia mais que dinheiro no bolso. Ou é apenas uma lenda?

sexta-feira, 16 de março de 2012

Errar é humano, mas...


O que é mais importante corrigir um erro ou identificar a pessoa que o cometeu? Falando especificamente sobre ambientes de trabalho creio que as duas coisas são importantes, porém tenho a convicção que primeiro devemos analisar o que houve e tentar solucionar da melhor forma possível. Resolvida a questão devemos voltar a discutir o assunto e, aí sim, procurar saber de quem foi erro e porque ele aconteceu.

Não se trata de procurar alguém para punir. No entanto há de se investigar quais foram os motivos que levaram o trabalhador a cometer o equivoco (como alguns preferem chamar) para que ele não mais ocorra.

Alguns “profissionais” tendem a minimizar seus erros ou, até mesmo, negá-los. Simplesmente não conseguem admiti-los como importantes ou sequer que eles existiram seja por medo de uma repreensão ou por achar que só quem erra são os outros. Essa atitude além de demonstrar a falta de humildade destas pessoas faz com que a sujeira seja jogada pra debaixo do tapete.

As falhas podem ocorrer provenientes de imperícia, negligência, incapacidade ou qualquer outro tipo de situação. A verdade é que ninguém está livre de cometer um ato falho em suas atividades profissionais. Portanto é muito feio tentar imputar seus erros a terceiros.

Para diminuir as possibilidades de erros ou equívocos deve-se agir preventivamente. É um absurdo quando eles ocorrem por comodismo ou imprudência. Muitas vezes têm-se plenas condições de evitá-los. 

O trabalho não deve ser feito mecanicamente e sim com comprometimento, com vontade de fazer bem feito. Fazer apenas por fazer não é o bastante.

A excelência deve ser meta. Mesmo tida como inalcançável a perfeição tem que ser objetivo de todos numa Organização seja ela do setor privado ou do serviço público.

terça-feira, 6 de março de 2012

O Brasil de Todos Nós!

A nossa pátria amada, mãe gentil tem dimensões continentais e encanta o mundo por sua beleza natural. E realmente é um país lindo. Em contraste com tamanha formosura o Brasil parece ser a nação dos absurdos. O país em si, é formidável, mas a maneira como nós, habitantes dessa terra, vivemos é algo incompreensível.
 Vivemos numa democracia, mas o voto ainda é obrigatório.
Talvez, por sermos democratas, muita gente acha que pode fazer o que quiser e bem entender sem se preocupar com as consequências. Essa atitude que deveria ser dificultada pelo Estado com fiscalização rigorosa e punição dos infratores acontece em todos os segmentos da sociedade. Isso ocorre porque muitos dos nossos dirigentes são omissos ou corruptos. Falta comprometimento com a causa pública.
Nesse ambiente permissivo perde-se o controle de tudo e de todos.
Quando acontece de um juiz cometer algum ato ilícito ter como punição aposentadoria compulsória com proventos integrais ou quando um indivíduo mata, estupra ou comete qualquer outro delito grave e é liberado para responder processo em liberdade e, até mesmo depois de preso, recebe indultos de natal ou dia das mães e volta a cometer o mesmo crime que o levou à prisão dá a sensação de impunidade e todos esses fatos vêm a encorajar o desrespeito às leis, regras e costumes.
A falta de punição para os crimes graves traz uma mensagem para muitas pessoas que se não houve repreensão nestes casos então se pode cometer delitos menores e sair impunes da mesma forma. Conforme seu raciocínio distorcido, ainda com mais razão. Como consequência desse sentimento poucos são os motoristas que respeitam os sinais de trânsito; há uma máfia com relação às carteiras estudantis que são usadas indiscriminadamente por quem não tem o direito; roubam-se sinais de televisão; compram-se votos de eleitores; muitos funcionários públicos não cumprem horário de trabalho e, outros tantos, ainda cobram propina para “agilizar” os serviços etc.
A famigerada “Lei de Gérson” se faz presente e se dar bem de qualquer forma torna-se quase que uma unanimidade nacional.
O país parece mais uma “Casa da mãe Joana”.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Asecamufs: 1, 2... 3?


A diretoria que assumiu a Associação dos Servidores da Câmara Municipal de Feira de Santana-Asecamufs, logo depois de um período de intervenção em que uma comissão de associados investigou o desfalque cujos valores ultrapassaram a marca de R$ 80.000,00 (oitenta mil reais), deu como terminada a sua administração. Ao apresentar, com dois anos de atraso, a sua prestação de contas relatou um novo débito por volta de R$ 20.000,00 (vinte mil reais). Desta vez, proveniente da inadimplência de alguns associados. Tal fato passou a ser de conhecimento de todos em uma assembléia ocorrida no dia 16 de fevereiro de 2012. O filme parece ser o mesmo, entretanto tem lá suas diferenças. No primeiro caso houve uma mistura de falta de transparência, desorganização, negligência e desonestidade. Não se sabe se por corporativismo, falta de empenho de nós associados ou ineficiência e morosidade da justiça até hoje ninguém foi punido ou o dinheiro recuperado. Os débitos foram pagos em negociações, em que os valores originais foram diminuídos aproveitando-se do desespero dos credores, graças à venda de um terreno pertencente à Associação.

Há quem não faça a mínima questão de lembrar-se do ocorrido e, talvez por isso mesmo, os erros continuaram a acontecer.

A gestão que ora se encerrou pecou e muito. Primeiro não prestou contas mensalmente dos atos e fatos que envolviam a Associação. Agiu da mesma forma que a diretoria anterior. Ou seja, faltou transparência. E errou quando não puniu os maus pagadores. “Passou a mão na cabeça” de associados “caloteiros” que deixaram de quitar seus débitos relacionados aos planos de saúde. 

Quem sabe por estes motivos a diretoria, na pessoa do seu presidente, não via com bons olhos a realização de assembléias.

O incrível de tudo isso é que a diretoria que dá como encerrado os seus trabalhos, com a cumplicidade de alguns associados, se diz aliviada por ter entregado a Asecamufs com dinheiro em caixa. Como assim? O dinheiro que ficou é o saldo daquela venda do terreno em que parte da quantia foi destinada ao pagamento dos fornecedores, também vítimas do desvio (que caiu no esquecimento) e do débito que essa gestão permitiu acontecer quando não tomou providências para estancar a sangria. Essa diretoria, em conjunto com os inadimplentes, tem responsabilidade, sim, pelo débito apresentado, assim como a diretoria anterior tem responsabilidade pelo desfalque.

Sei que me indisponho com muita gente quando critico as mazelas e tudo que acho errado. Mas espero que as pessoas não levem para o lado pessoal. Por isso mesmo que desejo sorte à nova diretoria empossada para trabalhar pelos próximos dois anos, como também ao Conselho Fiscal. Que tenham comprometimento e ajam com transparência, discernimento e honestidade. Vale ressaltar que assim como eu, ao criticar, os novos diretores terão que se indispor com muita gente se quiserem fazer um trabalho do jeito que deve ser feito.

Círculo Vicioso

O círculo vicioso alimentado, de parte à parte, entre políticos e eleitores, destrói qualquer possibilidade de mudanças significativas no at...