sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Servidor Público


O serviço público não é para todo mundo. Acho que por isso mesmo é vedada a acumulação de cargos, salvo poucas situações específicas. Creio que seja correto, pois se o número de vagas é limitado e aquilo que é público deve ser comum a todos, quem acumula cargos acaba privando outra pessoa de concorrer a um deles. Portanto poucos são os privilegiados que conseguem ingressar nessa carreira onde a estabilidade talvez seja o principal benefício. É claro que não é apenas pela estabilidade que muita gente passa horas e horas estudando para passar num concurso público. Quase sempre há um horário diferenciado de trabalho e os salários geralmente são mais atrativos que no comércio, por exemplo. Muitas são as vantagens, mas também há os deveres dos quais nunca devemos esquecer como assiduidade, a pontualidade, respeito às normas e regulamentos assim como zelo e dedicação às atribuições do cargo.

É muito comum, infelizmente, não ser bem tratado quando precisamos ir a algum órgão público. Seja pela falta de educação e despreparo de alguns servidores, pela omissão de muitos ou mesmo pela ausência de tantos outros que não cumprem à carga horária.

As pessoas que procuram os serviços nas mais variadas instituições públicas poderiam ser chamadas de clientes externos e como contribuintes que são merecem um tratamento cortês, rápido e eficiente.

Há também o que poderíamos chamar de clientes internos. São os companheiros de trabalho em qualquer repartição. Aqueles que dependem, direta ou indiretamente, dos serviços do outro para que os seus sejam realizados a contento e para que isso ocorra duas palavrinhas não podem faltar: Transparência e Respeito.

A transparência se traduz nas informações claras e objetivas e o respeito aparece quando se tem a capacidade de refletir sobre suas atitudes e o quanto elas podem estar sendo prejudiciais ao bom andamento dos trabalhos da equipe ou mesmo de algum colega em particular. 

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Que venha o fim do mundo.


É claro que eu não quero o fim do mundo, literalmente. Aliás, esse tema não me agrada em nada, pra dizer o mínimo. Não que eu acredite nessa dita profecia maia, mas o simples fato de saber que um dia morrerei para mim chega a ser apavorante. Entretanto isso é outra história. O que eu quero dizer nessa oportunidade é que seria bom se um pouco desse mundo em que vivemos realmente tivesse um fim nesse dia 21 de dezembro de 2012. Na verdade, reitero que não seria o mundo propriamente dito, mas tudo aquilo com o que convivemos e que é nocivo à nossa sobrevivência. Falo que seriam muito bem vindas: a extinção da hipocrisia, da violência em todos os sentidos, da miséria, da falta de ética, do desrespeito ao próximo dentre outras coisas.
 Após essa data “fatídica” poderíamos ter um novo ser humano com maior consciência individual e coletiva, um mundo menos consumista e como consequência com menos lixo e poluição, um povo mais educado e obediente às regras de convivência, um mundo de pessoas menos egoístas, um mundo sem mensalões, sem impunidade, sem privilegiados ou preteridos.

Muitos podem afirmar que estou falando de utopia. Pois que seja. Qual o pecado em desejar um mundo melhor? Só depende de nós!

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Certo ou Errado?


Nestes tempos de valores invertidos eu dou a mão à palmatória e admito estar errado nas minhas convicções. É sério!
Acreditem vocês que eu ainda paro o meu carro diante de um semáforo com a luz vermelha. Imaginem isso! Fico ali parado enquanto muitos à minha volta seguem seus caminhos. Sou muito besta não é mesmo?  Ainda perco a oportunidade de, quem sabe, atropelar alguém na faixa de pedestres ou bater o meu carro para enganar o meu seguro alegando perda total do veículo.
E olha esse absurdo! Sou funcionário público e trabalho as minhas seis horas regimentais. Não é hilário? Enquanto muitos já aderiram aos horários alternativos eu continuo insistindo nessa caretice. Para que trabalhar tanto, não é mesmo? O que se faz em seis horas eu poderia fazer em cinco, quatro ou até mesmo em três horas de trabalho. Tenho mesmo que evoluir.
Gente, vocês não vão acreditar nessa agora. Sabe aqueles panfletos que são distribuídos nas ruas? Aqueles com propagandas de todos os tipos? Eu os recebo, leio e não jogo no chão. É verdade, não riam. Eu coloco no bolso para achar uma lixeira em algum lugar. Quem já viu isso? Porque que eu não faço como a maioria e não contribuo para a cidade ficar mais colorida? Fica tão bonita a cidade cheia de papéis coloridos no chão. Concordam? E tem mais. Deixo de ajudar na geração de empregos. Ora, para tirar o lixo do chão tem que ter garis e quanto mais lixo mais vagas para garis existirão. Porque nunca pensei nisso?
Esses são apenas alguns exemplos de como eu posso melhorar como ser humano, mas tem um, em particular, que merece a minha maior atenção. Sabe aquele jeitinho brasileiro? Aquele no sentido pejorativo mesmo? Pois é.  Eu tenho que incorporá-lo ao meu dia a dia. Pra que fazer a coisa certa se eu posso improvisar? Pra que trabalhar preventivamente? Caso algo não saia de acordo com as expectativas sempre tem um jeito de contornar as situações adversas. Essa história de ser melhor prevenir que remediar já era. A onda agora é consertar, corrigir. Essa é a prioridade. Posso até sair como herói. Já tenho até um nome: “O solucionador”.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

ABRASCAM: 25 Anos.

Eu e mais quatro colegas de trabalho participamos em Florianópolis, Santa Catarina, do XXVII Congresso Brasileiro de Servidores de Câmaras Municipais, nos dias 24 a 27 de maio de 2012. Todos nós fomos com diárias, passagens e inscrições pagas pela Câmara Municipal de Feira de Santana que, por meio de sua administração, não se furtou ao compromisso de qualificar seus servidores. Mesmo assim, creio que ainda falta um planejamento, que poderia partir do Setor de Recursos Humanos, para que todos os servidores pudessem ser contemplados com a possibilidade de se reciclarem. Até hoje a iniciativa de solicitar a participação em algum curso, congresso ou algo do gênero parte de cada servidor, individualmente.

Sobre a formação técnica do servidor o Palestrante: Dr. Florian Madruga – Associação Brasileira de Escolas dos Legislativos e de Contas-ABEL falou sobre a possibilidade da criação de uma Escola do Legislativo também nas câmaras municipais.

O Dr. André Barbi – IGAM fez comentários sobre a necessidade de qualificação dos servidores e disse não haver, em sua opinião, relação direta entre o número de servidores comissionados com os servidores efetivos. Segundo o que pude entender do seu discurso, apesar dele achar pouco razoável o número excessivo de comissionados nas câmaras municipais em todo o país não vê nenhuma ilegalidade a respeito e acha que não há proporcionalidade a ser obedecida.
O Servidor de Carreira e a Previdência foi o tema abordado na palestra ministrada pelo Dr. Delúbio Gomes Pereira da Silva – Ministério da Previdência. Ao contrário do Dr. André Barbi ele acha que deveria haver a proporcionalidade entre servidores comissionados e efetivos. Atentou para o fato dos institutos de previdência “quebrarem” diante do envelhecimento e consequente aposentadoria de boa parte dos servidores em atividade e da falta de concursos públicos para que haja um equilíbrio nas contas.

“Se o malandro soubesse como é bom ser honesto, seria honesto só por malandragem”. Essa frase que aparece na letra da música, Caramba... Galileu da Galileia, do cantor Jorge Ben Jor foi citada pelo palestrante Promotor de Justiça do Ministério Público de Santa Catarina, Affonso Ghizzo Neto para ilustrar sua fala sobre corrupção. Ele ressaltou que cada um de nós, em algum momento, cometeu ou irá cometer algum ato de corrupção. Segundo ele, trata-se de um problema cultural e que a solução passa pela compreensão.  Se bem entendi o que ele disse cada ser humano teria que pensar em seus atos e que não se deve aceitar um mal menor. Aceitar o mal menor seria aceitar o mal como um todo, banalizando-o, legitimando-o.
Gostei da organização e das palestras desse Congresso. No entanto tenho notado certo enfraquecimento da Associação Brasileira dos Servidores de Câmaras Municipais-Abrascam, inclusive com uma tendência a dispersão de servidores e maior presença de vereadores nos encontros anteriores. Em Florianópolis isso não ocorreu, talvez devido a estarmos em ano eleitoral, não sei. O importante é que esse Congresso foi um sucesso. Parabéns a todos!

quarta-feira, 4 de julho de 2012

A Feira é dos ambulantes.


A cidade de Feira de Santana é dos ambulantes e nós, na condição de compradores ou não, é que sofremos com as consequências da falta de organização.
Ao contrário do que possa parecer não tenho nada contra a existência dos vendedores ambulantes. Esse trabalho informal vem crescendo muito e tornou-se a maior opção para aqueles menos afortunados que buscam ganhar o pão de cada dia e não conseguem um emprego digno. No entanto a maneira como muitos deles instalam-se nas calçadas e ruas é que vem a ser inapropriada. Aglomeram-se no centro da cidade à busca dos clientes que travam uma luta diária para se locomover em verdadeiros labirintos formados por barracas sem padronização e entre carros de mão com aqueles cestos enormes. Para piorar a situação os donos de casas comerciais, revoltados com a “perda” de clientela para esses “empreendedores alternativos” lançam suas mercadorias para fora de seus estabelecimentos reivindicando a atenção dos consumidores.

Alheio a tudo isso o poder público pouco faz para resolver o problema e quando se manifesta é tímido nas suas atitudes.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

A culpa é do Sistema


Porque é mais fácil aceitar e até compartilhar dos maus costumes do que tentar mudá-los? Porque a desorganização e a falta de planejamento vêm a ser tão cômodo para alguns?

Qualquer um que chega a um novo ambiente de trabalho na maioria das vezes é bem intencionado. Tem pensamentos voltados ao bom desenvolvimento das suas atribuições. É zeloso e comprometido com seus afazeres e ético com seus colegas. No entanto, esse mundo ideal pode vir a ruir diante dos maus costumes há muito arraigados numa instituição.

Em corporações das mais variadas linhas de atuação não são raros os profissionais que pensam apenas no resultado final, seja a que preço for. Se os objetivos foram, mesmo que razoavelmente, alcançados então para eles pouco interessa quais foram os métodos empreendidos. Ou seja, eles acreditam que o fim justifica os meios. O pior é que esse tipo de comportamento tem um alto poder de sedução e pessoas que antes pensavam e agiam de forma contrária acabam se deixando levar pelo “lado negro da força”.

Sistema. Nesse caso é o nome dado ao mundo formado por pessoas que adquirem certos privilégios para deixarem as coisas exatamente do jeito que elas estão.  

“Se você pode ser bem sucedido sem mexer em nada, sem organizar nada, sem planejar nada, então deixe tudo assim mesmo. Pra que se indispor? Se eu disser faça, é pra fazer. Não admito argumentações. Ética, pra que? Alie-se a mim e terá a recompensa. Fique contra mim e se tornará meu inimigo”. Essa é a mensagem do sistema. É assim que ele funciona.

Poucos são aqueles que não se entregam e ainda persistem no seu ideal. Trata-se de uma luta ingrata.

Como eu já disse em outras ocasiões, eu sou muito crítico com as mazelas do trabalho, com pessoas mal educadas, com o lixo nas ruas, com a corrupção, com a falta de ética, dentre outras coisas, e por isso quando aqueles que eu critico veem que cometi algum erro vão logo dizendo que eu não sou perfeito. É claro que eu não sou. Mas pelo menos eu tento ser!

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Você tem pressa de quê?

         

            O mundo tem pressa. O nosso dia a dia é uma verdadeira correria. Temos a impressão que o tempo é sempre escasso.
            O trânsito é um retrato fiel dessa agonia que tomou conta de muitas pessoas. Aqueles que respeitam a sinalização (poucos, por sinal) quando parados no sinal vermelho ficam ansiosos pela chegada da luz verde. Os olhos ficam fixos no semáforo e os pés e mãos aceleram seus veículos como se estivessem participando da largada de uma corrida. Do outro lado são pedestres que esquecem a prudência e atravessam as pistas em lugares e momentos indevidos pondo em risco as suas vidas.
            Esse mal que acomete a nossa sociedade provoca distorções de comportamento. Não precisa ser nenhum profissional de saúde para notar que as pessoas ficam mais irritadiças, com pouca paciência diante do sentimento de que tudo tem que ser feito pra ontem. A urgência tem se tornado a protagonista. Como se ao fazer as coisas com rapidez excessiva desse a certeza de eficiência e eficácia. Muito pelo contrário. Já dizia o ditado: A pressa é a inimiga de perfeição.


terça-feira, 1 de maio de 2012

Prevenir é melhor que remediar?


   Prevenir é melhor que remediar. Essa afirmação geralmente é feita com relação à nossa saúde, mas pode-se fazer uma analogia no que diz respeito aos ambientes de trabalho. Nas organizações em geral muitas são as possibilidades para que um problema ocorra e elas têm de estar preparadas, com profissionais qualificados, para corrigi-los. No entanto é comum verificar que muitos desses equívocos poderiam ser evitados com atitudes de prevenção.

   Mas porque muitas pessoas parecem preferir deixar o problema aparecer, mesmo quando alertados da sua possível ocorrência, para só depois tomar providências na busca de soluções? Comodismo, talvez? Falta de comprometimento? Ou seria uma maneira deturpada delas atingirem seus objetivos profissionais e financeiros?

- O comodismo pode advir do tempo de trabalho. A repetição sistemática dos processos pode trazer uma sensação de relaxamento e o indivíduo acostumado com a mesmice de suas atribuições acredita que se tivesse com os olhos fechados faria tudo com a mesma eficiência. Com isso comet-se os erros por excesso de autoconfiança;

- O famigerado: “Eu não quero nem saber” é o ditado predileto dos não compromissados. Geralmente os adeptos dessa frase têm um discurso diferente quando estão diante dos seus superiores hierárquicos. Dizem dar valor ao trabalho em equipe e para eles tudo está sempre muito bem. Tentam justificar seus erros minimizando-os e, ao contrário, supervalorizam seus trabalhos. Quando em contato com colegas irritam-se e se mostram ofendidos quando são contestados;

- O ser humano tem uma tendência “natural” a valorizar, de maneira mais significativa, quem corrige os erros do que àqueles que tentam evitá-los preventivamente. E há quem se aproveite disso mesmo com a possibilidade de trazer prejuízos à instituição. Convenientemente para estas pessoas remediar é sempre melhor.

   É óbvio que as dificuldades existem e nem todos os problemas podem ser evitados. Se eles acontecerem, as instituições devem estar imbuídas na busca de alternativas para elucidá-los. E independente de quais funcionários estejam participando do grupo de correção se faz necessário que a informação dos incidentes e das providências adotadas para saná-los seja compartilhada com todos aqueles envolvidos no processo de uma forma geral, inclusive, para que o fato não volte a ocorrer em outra oportunidade. Ou seja, resolvem-se os problemas encontrados e, ao mesmo tempo, elevam-se os níveis de prevenção.

quinta-feira, 22 de março de 2012

"Eu prometo!"


Sempre cercada de muita ansiedade a solenidade de formatura é um dos momentos mais felizes da vida de uma pessoa. Só quem passa por ele sabe o quão é emocionante.

Muitos são os preparativos e todos ficam imaginando a ocasião de receber o diploma e, enfim, fazer uma bela festa e acolher os abraços de parentes e amigos. É realmente inesquecível.

No entanto, nessa mesma solenidade tem uma parte que deveria merecer maior destaque: o juramento.

É no juramento que os formandos prometem ser éticos, agir de acordo com a lei vigente no país e com as regras e princípios do seu Conselho ou Ordem. Levantam as mãos e com voz forte e imponente chegam a se emocionar jurando veementemente que serão pessoas corretas e que irão usar seus conhecimentos em prol da sociedade. Cabe o questionamento:

Quantos formandos seguem à risca ou mesmo que minimamente aquilo que prometeram? É difícil dizer, mas diante do que vemos no nosso dia a dia o número não parece ser nada animador. Acredito que muitos sequer têm esse momento em suas lembranças. A verdade é que pouca importância se dá ao juramento. De uma maneira geral tratam o tema como uma mera formalidade.

Esse texto não tem o intuito de julgar ninguém, mas de sugerir uma reflexão. Porque é tão difícil cumprir as promessas proferidas? Será culpa do mercado? Talvez do capitalismo, o que acham?

O ritual de juramento nunca vai mudar. Nós é que devemos mudar. Nós é que devemos transformar.

Houve um tempo que a palavra valia mais que dinheiro no bolso. Ou é apenas uma lenda?

Círculo Vicioso

O círculo vicioso alimentado, de parte à parte, entre políticos e eleitores, destrói qualquer possibilidade de mudanças significativas no at...