quarta-feira, 15 de outubro de 2025

IA


Que progresso é esse?

Não me digam que é normal 

Esquecer do mundo à sua volta

Entretido com a inteligência artificial 


Virando marionete dos algoritmos 

Sendo um escravo das curtidas 

Perdendo a noção de tempo e espaço 

Negligenciando suas próprias vidas


Os mais pessimistas podem afirmar 

O homem pensante, em declínio 

Por inadvertidamente terceirizar

A máquina como detentora do raciocínio 


A tecnologia é uma realidade 

Muitos dizem, um caminho sem volta

Qual será o destino da humanidade?

Quisera eu saber a resposta .

sexta-feira, 3 de outubro de 2025

Repente Maquiavélico



Para apaziguar as massas, comida e diversão 

Se a rebeldia persiste

Elevar o tom de voz

Talvez seja a solução 


A melhor defesa é o ataque 

Já disseram com alguma razão 

Não discuta, imponha

Desacredite qualquer manifestação 


Mesmo errado, não admita

Siga o script da manipulação 

Seja firme na sua retórica 

Com pouca ou nenhuma explicação.  


Às críticas, o seu desprezo

Sejam elas bem fundamentadas ou não 

Seja astuto, até cruel

Mas priorize a sua preservação.


Esse é o retrato de uma cultura 

Impregnada em nosso chão 

Desafie, lute contra

Toda resistência não há de ser em vão.

quarta-feira, 24 de setembro de 2025

Despertai-vos!


A esperança se enfraquece 

Quando a cautela vira covardia

Aquela chama que antes ardia, se apaga

A voz, por sua vez, se silencia


Esse silêncio maltrata os ouvidos

Agonizam, a fé e a empatia 

A dor da desilusão se faz presente 

Trazendo consigo a melancolia


Há de se resistir com fervor

Expurgar toda forma de apatia

Unir forças com um só propósito 

"Liberdade, ainda que tardia"


Liberdade como resistência 

Como voz ativa, como rebeldia

Mostrar-se soberano em sua fala

Ser tudo aquilo em que se sonhou um dia.

quinta-feira, 11 de setembro de 2025

Nem te conto.

 

Certo dia, fui a um barzinho e um casal, que estava numa mesa próxima, conversava sobre um tema polêmico: as controvérsias e contradições nos relacionamentos entre homens e mulheres. Não pude deixar de ouvir o papo que se desenrolava com fluidez até que as divergências começaram a aparecer.

A garota inflou o peito e disse: “eu sou uma mulher independente. Não dependo de homem para nada”.

- Que maravilha, Keila! – disse o rapaz – Eu entendo, mas você não disse que o homem tem que pagar a conta nos encontros?”.

- Eu disse e reafirmo! – respondeu ela – qual seria mesmo a sua dúvida?

Meio ressabiado, o rapaz perguntou se ela não via contradição em suas afirmações.

Keila, respondeu indignada que não. Que uma coisa não teria nada a ver com a outra. Que o homem tem que ser cavalheiro.

O rapaz concordou com ela quanto ao fato do homem ser um cavalheiro, mas afirmou que o homem pagaria a conta por costume e não por cavalheirismo.

- Como assim? – perguntou ela.

Keila ainda chegou a dizer que seu amigo estaria fora de si.

A resposta veio logo em seguida: “Nada disso! O fato de o homem pagar a conta é uma herança machista do tempo em que as mulheres não tinham o direito de trabalhar, dentre outras coisas. Portanto, a mulher não tinha renda e dependia desse “cavalheirismo” que você exalta. Naqueles tempos sombrios, era comum, hoje em dia, tornou-se uma conveniência”.

- Ainda assim, a gente se arruma toda. Gasta com o corpo, cabelos, unhas, roupas, perfumes...

O rapaz, respondeu aos risos: “Você não gasta para o homem, e sim para se sentir bem. Dizem até que vocês se arrumam para fazer inveja às outras mulheres”

Indignada, Keila protesta: “Qual é? Você é meu amigo ou não?"

- Claro que sou seu amigo! – afirmou o rapaz – só não encontro lógica nos seus argumentos.

- Sim, Caio Castro! – ironizou, ela.

O rapaz soltou uma gargalhada e disse: “Se você analisar com distanciamento, irá perceber que eu tenho razão”.

- PORRA NENHUMA! – gritou, ela.

quinta-feira, 7 de agosto de 2025

CURA

 Eu queria ser a revolução 

Antes mesmo de entender o mundo

Eu queria ter a solução 

Queria ter a cura pra esse Sistema moribundo 


Sorrisos amarelos não me bastam

Preciso de algo mais profundo 

Queria ser um despertar de sentimentos 

Minuto a minuto, segundo a segundo 


Queria levar a alegria aonde as lágrimas caem

Ser a anestesia que sobressai

Queria trazer a paz, a harmonia 

Eu queria trazer mais, muito mais


Eu quero ser o novo e o antigo

Quero ser um só, mas quero ser ambíguo 

Quero ser a certeza

Mas também quero ser o perigo.

domingo, 8 de junho de 2025

RELAÇÕES

  • Nas relações interpessoais e institucionais deve prevalecer o diálogo e o respeito. Se for uma convivência amigável, melhor ainda. Porém, certos limites não devem ser ultrapassados. A tentativa de ingerência deve ser rechaçada de imediato. A cordialidade não pode se transformar em um flerte à submissão. Pode-se ser contundente e afável ao mesmo tempo, preservando sua identidade. Qualquer coisa diferente disso, seria como transitar por um terreno de areias movediças.

quinta-feira, 22 de maio de 2025

É apenas uma opinião!

 

Quando propomos qualquer manifestação que envolve o engajamento de pessoas, é óbvio que se quer o maior número de participantes. No entanto, deve-se respeitar as particularidades de cada um. A tentativa de convencimento faz parte do processo, mas o seu insucesso também, e está tudo certo.

Eu lembro de uma oportunidade em que pessoas ligadas a um grupo que contribuía financeiramente para o bem comum resolveu alugar uma quadra para atividades esportivas. Muito justo, pois aliava-se entretenimento, atividade física e uma maior aproximação entre os membros. Os homens jogariam futebol de salão. Às mulheres foi dada uma outra alternativa, mas não houve adesão. Cada participante poderia, se assim quisesse, levar um convidado. Tudo ia bem até que, por circunstâncias diferentes, a participação do grupo original foi se esvaziando. Para que a rotina do “baba” não acabasse, o número de convidados passou a exceder ao dos integrantes fixos. Como se tratava de um evento custeado pelo grupo, sua viabilidade foi questionada. Afinal, apenas uma ou duas pessoas do grupo original ainda usufruía daquele evento. Proporcionalmente falando, ficou difícil justificar sua continuação.

Tão compreensível quanto o protesto de quem não queria o seu cancelamento, também o era a motivação daqueles que defendiam tal atitude. O evento fora descaracterizado. Ou aqueles que eram convidados passavam a ser contribuintes, ou não havia mais como manter a atividade.

Há de se culpar alguém por isso? Entendo que não, afinal ninguém é obrigado a participar de nada que não queira. Quem contribui deve ter vez e voz para falar ou participar do que quiser. No entanto, há de se respeitar a decisão da maioria, desde que todos tenham o direito de tecer críticas, opiniões, sugestões etc.

É apenas uma opinião!

segunda-feira, 3 de março de 2025

Círculo Vicioso

O círculo vicioso alimentado, de parte à parte, entre políticos e eleitores, destrói qualquer possibilidade de mudanças significativas no atual cenário. Cada um privilegiando os seus interesses. Enquanto um dos lados persegue a perpetuação no poder, o outro se utiliza dessa condição para tirar algum proveito particular.

O voto poderia ser a tal "arma" a que todos se referem. No entanto, sofremos com as poucas opções disponíveis. Nessa levada, temos que nos conformar com os "menos piores", que nem sempre são eleitos.


segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025

Quem nunca ouviu a expressão, "este mundo está perdido"? Não sei se todo o mundo está, mas muitas pessoas estão perdidas, sim. Perdidas no vazio de suas existências, perdidas na omissão de suas verdades, perdidas no abismo de suas conveniências. 

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025

  1. É verdade que se opor ao famigerado "Sistema", pode trazer grandes problemas para aqueles que ousam fazê-lo. No entanto, têm que se ter consciência que não existe neutralidade nesse caso. Mesmo que eventualmente, ou se está contra ou a favor.

IA

Que progresso é esse? Não me digam que é normal  Esquecer do mundo à sua volta Entretido com a inteligência artificial  Virando marionete do...