Certo dia,
fui a um barzinho e um casal, que estava numa mesa próxima, conversava sobre um
tema polêmico: as controvérsias e contradições nos relacionamentos entre homens
e mulheres. Não pude deixar de ouvir o papo que se desenrolava com fluidez até
que as divergências começaram a aparecer.
A garota inflou
o peito e disse: “eu sou uma mulher independente. Não dependo de homem para
nada”.
- Que
maravilha, Keila! – disse o rapaz – Eu entendo, mas você não disse que o homem tem que pagar a conta nos encontros?”.
- Eu disse e
reafirmo! – respondeu ela – qual seria mesmo a sua dúvida?
Meio
ressabiado, o rapaz perguntou se ela não via contradição em suas afirmações.
Keila,
respondeu indignada que não. Que uma coisa não teria nada a ver com a outra.
Que o homem tem que ser cavalheiro.
O rapaz
concordou com ela quanto ao fato do homem ser um cavalheiro, mas afirmou que o
homem pagaria a conta por costume e não por cavalheirismo.
- Como assim? – perguntou ela.
Keila ainda
chegou a dizer que seu amigo estaria fora de si.
A resposta veio
logo em seguida: “Nada disso! O fato de o homem pagar a conta é uma herança machista
do tempo em que as mulheres não tinham o direito de trabalhar, dentre outras
coisas. Portanto, a mulher não tinha renda e dependia desse “cavalheirismo” que
você exalta. Naqueles tempos sombrios, era comum, hoje em dia, tornou-se uma
conveniência”.
- Ainda assim,
a gente se arruma toda. Gasta com o corpo, cabelos, unhas, roupas, perfumes...
O rapaz,
respondeu aos risos: “Você não gasta para o homem, e sim para se sentir bem.
Dizem até que vocês se arrumam para fazer inveja às outras mulheres”
Indignada, Keila
protesta: “Qual é? Você é meu amigo ou não?"
- Claro que
sou seu amigo! – afirmou o rapaz – só não encontro lógica nos seus argumentos.
- Sim, Caio
Castro! – ironizou, ela.
O rapaz soltou
uma gargalhada e disse: “Se você analisar com distanciamento, irá perceber que
eu tenho razão”.
- PORRA
NENHUMA! – gritou, ela.
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