quinta-feira, 11 de setembro de 2025

Nem te conto.

 

Certo dia, fui a um barzinho e um casal, que estava numa mesa próxima, conversava sobre um tema polêmico: as controvérsias e contradições nos relacionamentos entre homens e mulheres. Não pude deixar de ouvir o papo que se desenrolava com fluidez até que as divergências começaram a aparecer.

A garota inflou o peito e disse: “eu sou uma mulher independente. Não dependo de homem para nada”.

- Que maravilha, Keila! – disse o rapaz – Eu entendo, mas você não disse que o homem tem que pagar a conta nos encontros?”.

- Eu disse e reafirmo! – respondeu ela – qual seria mesmo a sua dúvida?

Meio ressabiado, o rapaz perguntou se ela não via contradição em suas afirmações.

Keila, respondeu indignada que não. Que uma coisa não teria nada a ver com a outra. Que o homem tem que ser cavalheiro.

O rapaz concordou com ela quanto ao fato do homem ser um cavalheiro, mas afirmou que o homem pagaria a conta por costume e não por cavalheirismo.

- Como assim? – perguntou ela.

Keila ainda chegou a dizer que seu amigo estaria fora de si.

A resposta veio logo em seguida: “Nada disso! O fato de o homem pagar a conta é uma herança machista do tempo em que as mulheres não tinham o direito de trabalhar, dentre outras coisas. Portanto, a mulher não tinha renda e dependia desse “cavalheirismo” que você exalta. Naqueles tempos sombrios, era comum, hoje em dia, tornou-se uma conveniência”.

- Ainda assim, a gente se arruma toda. Gasta com o corpo, cabelos, unhas, roupas, perfumes...

O rapaz, respondeu aos risos: “Você não gasta para o homem, e sim para se sentir bem. Dizem até que vocês se arrumam para fazer inveja às outras mulheres”

Indignada, Keila protesta: “Qual é? Você é meu amigo ou não?"

- Claro que sou seu amigo! – afirmou o rapaz – só não encontro lógica nos seus argumentos.

- Sim, Caio Castro! – ironizou, ela.

O rapaz soltou uma gargalhada e disse: “Se você analisar com distanciamento, irá perceber que eu tenho razão”.

- PORRA NENHUMA! – gritou, ela.

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