quarta-feira, 24 de setembro de 2025

Despertai-vos!


A esperança se enfraquece 

Quando a cautela vira covardia

Aquela chama que antes ardia, se apaga

A voz, por sua vez, se silencia


Esse silêncio maltrata os ouvidos

Agonizam, a fé e a empatia 

A dor da desilusão se faz presente 

Trazendo consigo a melancolia


Há de se resistir com fervor

Expurgar toda forma de apatia

Unir forças com um só propósito 

"Liberdade, ainda que tardia"


Liberdade como resistência 

Como voz ativa, como rebeldia

Mostrar-se soberano em sua fala

Ser tudo aquilo em que se sonhou um dia.

quinta-feira, 11 de setembro de 2025

Nem te conto.

 

Certo dia, fui a um barzinho e um casal, que estava numa mesa próxima, conversava sobre um tema polêmico: as controvérsias e contradições nos relacionamentos entre homens e mulheres. Não pude deixar de ouvir o papo que se desenrolava com fluidez até que as divergências começaram a aparecer.

A garota inflou o peito e disse: “eu sou uma mulher independente. Não dependo de homem para nada”.

- Que maravilha, Keila! – disse o rapaz – Eu entendo, mas você não disse que o homem tem que pagar a conta nos encontros?”.

- Eu disse e reafirmo! – respondeu ela – qual seria mesmo a sua dúvida?

Meio ressabiado, o rapaz perguntou se ela não via contradição em suas afirmações.

Keila, respondeu indignada que não. Que uma coisa não teria nada a ver com a outra. Que o homem tem que ser cavalheiro.

O rapaz concordou com ela quanto ao fato do homem ser um cavalheiro, mas afirmou que o homem pagaria a conta por costume e não por cavalheirismo.

- Como assim? – perguntou ela.

Keila ainda chegou a dizer que seu amigo estaria fora de si.

A resposta veio logo em seguida: “Nada disso! O fato de o homem pagar a conta é uma herança machista do tempo em que as mulheres não tinham o direito de trabalhar, dentre outras coisas. Portanto, a mulher não tinha renda e dependia desse “cavalheirismo” que você exalta. Naqueles tempos sombrios, era comum, hoje em dia, tornou-se uma conveniência”.

- Ainda assim, a gente se arruma toda. Gasta com o corpo, cabelos, unhas, roupas, perfumes...

O rapaz, respondeu aos risos: “Você não gasta para o homem, e sim para se sentir bem. Dizem até que vocês se arrumam para fazer inveja às outras mulheres”

Indignada, Keila protesta: “Qual é? Você é meu amigo ou não?"

- Claro que sou seu amigo! – afirmou o rapaz – só não encontro lógica nos seus argumentos.

- Sim, Caio Castro! – ironizou, ela.

O rapaz soltou uma gargalhada e disse: “Se você analisar com distanciamento, irá perceber que eu tenho razão”.

- PORRA NENHUMA! – gritou, ela.

IA

Que progresso é esse? Não me digam que é normal  Esquecer do mundo à sua volta Entretido com a inteligência artificial  Virando marionete do...