sexta-feira, 4 de outubro de 2013

PRIORIDADES

Investir na segurança, saúde e educação são as “prioridades” de todos os candidatos à presidência da República. E não é diferente com os candidatos à gestão dos estados e municípios. No entanto o que acontece, de uma maneira geral, é bem diferente. Pagamos uma carga tributária muito elevada e estamos longe de ter o retorno desejado. Somos obrigados (aqueles que têm um pouco mais de condição) a recorrer ao setor privado para suprir aquilo que não nos é dado como contrapartida aos impostos que pagamos.
Com relação à segurança recorremos a câmeras, cercas elétricas e alarmes. Há quem utilize dos serviços de empresas clandestinas de segurança que se multiplicam diante a inércia do poder público.
Quanto à saúde não é raro vermos filas intermináveis, falta de leitos, de médicos e, principalmente, de estrutura para um atendimento digno. Pessoas que necessitam de atendimento com urgência se humilham e muitas vezes têm que pagar “por fora” por cirurgias já cobertas pelo Sistema Único de Saúde – SUS. E para garantir nosso bem estar e de nossos entes queridos recorremos a planos de saúde privados que, por sua vez, limitam o atendimento ao conveniado. Parece mais um beco sem saída.
No que diz respeito ao sistema educacional as paralisações de professores é recorrente por melhores salários e condições de trabalho. O ensino é fraco e mais uma vez procuramos refúgio no setor privado. A qualidade de ensino nas escolas particulares é bem superior, mas cobram-se mensalidades exorbitantes.

Enfim, o governo que teria a obrigação de nos oferecer segurança, saúde e educação de qualidade empurram-nos para o setor privado que cobra caro pelos seus serviços e nem sempre os mesmos são satisfatórios. Somos reféns de um sistema cruel que nos faz pagar duas vezes pelos mesmos serviços. 

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Quem souber...


Por que parece ser tão difícil fazer a coisa certa? Quem antes estava no poder e que pouco fazia hoje tenta ensinar como se faz àqueles que os criticavam e que hoje comandam o país, mas que, até então, não tiveram uma contribuição condizente com seu discurso antes de assumirem. Seria o sujo falando do mal lavado ou algo parecido. O que se sabe é que os gestores se sucedem e os problemas vão aumentando em proporções muito maiores em relação aos avanços para sua redução.  O Brasil é um país com dimensões continentais, isso é fato. A população cresce. Entretanto as dificuldades de gestão não parecem estar relacionadas apenas ao tamanho do nosso país ou ao número de pessoas que nele vive. Parece-me um misto de incompetência, falta de vontade política e prevaricação.

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

INSEGURANÇA PÚBLICA


Todo mundo se pergunta por que a violência cresceu tanto nos últimos tempos e se há alguma maneira de minimizá-la. Além do aumento significativo da população e, por consequência, o aumento da desigualdade social, outras questões contribuem para esse estado de insegurança do qual estamos reféns: A polícia tem um efetivo reduzido, é mal remunerada, não tem o preparo adequado e, diante disso, alguns policiais se arvoram por caminhos incompatíveis com suas funções, criando empresas de segurança (muito semelhantes às milícias, pois seus integrantes não tem formação para tal atividade); o judiciário abarrotado de processos e com número insuficiente de juízes; desprezo pela moral e pela ética; investimento insuficiente na educação; corrupção, impunidade etc. Enfim, os problemas são fáceis de diagnosticar, mas e as soluções?  Não há dúvida que a educação é capaz de reduzir o problema da violência, mas isso a médio e longo prazo. Por isso o esforço tem de ser conjunto. Investir mais em educação, quantificar e qualificar os profissionais envolvidos com nossa segurança e dar-lhes salários dignos, aumentar o número de juízes e puni-los de maneira exemplar quando cometerem algum ilícito e não dar-lhes aposentadoria compulsória, como até hoje acontece. O Estado alega falta de recursos para suprir todas as necessidades da população, mas todo mundo sabe que nossos governantes, salvo poucas exceções, utilizam de forma inadequada (digamos assim) o erário público. Bastaria rever suas prioridades. Cabe ao povo, cobrar, como o fez nos últimos meses, indo às ruas e escolhendo melhor seus candidatos na época das eleições.

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Violência


Como diminuir a criminalidade num país em que a sociedade não acredita nas instituições?  As autoridades policiais vivem dizendo que se baseiam nas estatísticas para direcionar suas diligências para as regiões onde a violência está mais presente.  Há lógica nessa afirmação, no entanto pessoas que já foram denunciar alguma ocorrência numa delegacia se queixam da maneira displicente que são atendidas e acabam chegando a conclusão que seria melhor não ter ido, pois passam a ser vítimas, dessa vez, de um mau servidor público, sem querer generalizar. Mas a impunidade e a corrupção talvez sejam os maiores motivos pelos quais o cidadão prefira não ir a uma delegacia apresentar queixa. Ele tem medo de uma possível vingança daquele que seria preso, pois é quase certeza que o meliante não ficaria assim por muito tempo. Os assaltos à luz do dia cresceram assustadoramente. Na região em que moro, por exemplo, várias pessoas já tiveram seus pertences levados por marginais em motocicletas. Mas isso não entra na estatística da polícia, pois é quase certo que a mesma não foi informada a respeito. Eu ainda acho que devemos denunciar, sim. Caso contrário, permaneceremos reféns da violência, imaginando sair de casa. A propósito, tais fatos vêm ocorrendo nas imediações do Estádio Joia da Princesa e Rádio Povo.

terça-feira, 16 de julho de 2013

O Povo unido...

Depois de todas as manifestações que trouxeram medo para alguns e esperança para a maioria parece que o país está voltando ao "normal". Porém o que é o normal nesse gigante que parecia ter acordado e que agora recomeça a cochilar? Ou será que acordou de vez e só está se fingindo de morto para identificar aqueles dissimulados que, agindo por mera conveniência, infiltram-se em meio a multidão tentando se passar por democratas preocupados com as causas sociais? Não estou falando dos marginais que depredaram o patrimônio público e que teriam que ressarcir o Estado pelos danos causados, mas sim daqueles que não foram às ruas, mas soltaram a voz em prol dos manifestantes com o propósito de ludibriá-los, pois nunca tiveram interesse nas mudanças reivindicadas nos protestos. Isso veremos nas próximas eleições. 

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Mulher ao volante...

Sempre fui um admirador das mulheres ao volante. Acho legal vê-las dirigindo um carro. Elas repudiam o ditado popular que mulher ao volante é um perigo constante. Em sua defesa, dizem ser mais cautelosas e caprichosas. Com muita maestria sua perfomance é, muitas vezes, digna de elogios. Muitas delas podem dar aulas de como transitar na via pública com uma máquina de quatro rodas ou mesmo de duas. No entanto o que parecia ser privilégio masculino agora não é mais. As nossas "Penelopes Charmosas" estão repetindo as mesmas idiotices e barberagens que muitos homens insistem em praticar num trânsito cada vez mais caótico. Não é raro ver mulheres, lindas e maravilhosas desrespeitando o sinal vermelho, dirigindo falando ao celular ou sem o cinto de segurança. Sem falar naquelas que 'comem água" e saem por aí provocando acidentes. É muito legal ver o mundo feminino conquistando seu espaço, afinal os direitos devem ser iguais, mas ser igual até nas mazelas, não! Por favor!

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Destino igual, caminhos diferentes.

Em uma dessas estradas da vida dois representantes comerciais resolvem viajar a uma cidadezinha para fazer uma venda. Depois de um período breve de viagem chegam a um local onde avistam uma estrada de terra. Perguntam a um morador das proximidades que passava por ali se aquela estrada seria um atalho que os levaria ao seu destino. O transeunte afirmou que sim. Disse que havia muitos buracos, subidas e descidas perigosas, mas que a viagem seria encurtada em cerca de uma hora e a possibilidade de encontrar uma blitz era pequena, ao contrário da estrada principal que vive cheia de policiais.
 
Um dos viajantes logo disse:
 
- Vamos por essa estrada de terra mesmo.
 
- Mas por quê? Não ouviu o que o homem disse? – retrucou o seu colega – Vamos pela estrada principal. É mais segura.
 
- Ouvi sim, mas ao contrário de você que é todo zeloso com o carro, olha pneu, amortecedor, extintor e sei lá mais o que, eu não mandei o carro pra revisão como você queria e até os documentos eu esqueci, mas de um jeito ou de outro a gente vai chegar na cidade, num vai? Então que seja do jeito mais rápido. Deixa de ser otário.
 
- E se houver uma blitz mesmo assim? – perguntou o amigo, indignado.
 
- Que nada seu Mané, pra tudo a gente dá um jeitinho. Qualquer 30 conto resolve a parada.
 
Moral da história: Pode até parecer, mas nem sempre o atalho é a melhor alternativa e a prevenção, essa sim, faz toda a diferença.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Manuscrito de Um Exilado


Eu me rendo! Realmente eu achava que lutar contra o sistema valia à pena, mas percebi que é uma guerra perdida. Quando um grupo de pessoas se junta contra alguém para defender seus interesses torna-se um verdadeiro massacre. Municiados das armas mais vis não costumam ter piedade de seus “oponentes”. Seja em qualquer lugar sempre vai existir quem aja dessa forma. Infelizmente torna-se indispensável uma adaptação, por mais doída que venha a ser. Digo doída porque mesmo não deixando de lado os seus princípios quem passa por esse tipo de situação tem que ceder de alguma forma, sob pena de cair no ostracismo caso não o faça. Tem que abdicar de certas coisas nas quais acredita para poder sobreviver em face às circunstâncias.
Não julgo aos imparciais que, porventura, possam vir a duvidar dos meus propósitos ou daquilo que eu digo, pois a minha voz é única, não ecoa. 

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Servidor Público


O serviço público não é para todo mundo. Acho que por isso mesmo é vedada a acumulação de cargos, salvo poucas situações específicas. Creio que seja correto, pois se o número de vagas é limitado e aquilo que é público deve ser comum a todos, quem acumula cargos acaba privando outra pessoa de concorrer a um deles. Portanto poucos são os privilegiados que conseguem ingressar nessa carreira onde a estabilidade talvez seja o principal benefício. É claro que não é apenas pela estabilidade que muita gente passa horas e horas estudando para passar num concurso público. Quase sempre há um horário diferenciado de trabalho e os salários geralmente são mais atrativos que no comércio, por exemplo. Muitas são as vantagens, mas também há os deveres dos quais nunca devemos esquecer como assiduidade, a pontualidade, respeito às normas e regulamentos assim como zelo e dedicação às atribuições do cargo.

É muito comum, infelizmente, não ser bem tratado quando precisamos ir a algum órgão público. Seja pela falta de educação e despreparo de alguns servidores, pela omissão de muitos ou mesmo pela ausência de tantos outros que não cumprem à carga horária.

As pessoas que procuram os serviços nas mais variadas instituições públicas poderiam ser chamadas de clientes externos e como contribuintes que são merecem um tratamento cortês, rápido e eficiente.

Há também o que poderíamos chamar de clientes internos. São os companheiros de trabalho em qualquer repartição. Aqueles que dependem, direta ou indiretamente, dos serviços do outro para que os seus sejam realizados a contento e para que isso ocorra duas palavrinhas não podem faltar: Transparência e Respeito.

A transparência se traduz nas informações claras e objetivas e o respeito aparece quando se tem a capacidade de refletir sobre suas atitudes e o quanto elas podem estar sendo prejudiciais ao bom andamento dos trabalhos da equipe ou mesmo de algum colega em particular. 

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Que venha o fim do mundo.


É claro que eu não quero o fim do mundo, literalmente. Aliás, esse tema não me agrada em nada, pra dizer o mínimo. Não que eu acredite nessa dita profecia maia, mas o simples fato de saber que um dia morrerei para mim chega a ser apavorante. Entretanto isso é outra história. O que eu quero dizer nessa oportunidade é que seria bom se um pouco desse mundo em que vivemos realmente tivesse um fim nesse dia 21 de dezembro de 2012. Na verdade, reitero que não seria o mundo propriamente dito, mas tudo aquilo com o que convivemos e que é nocivo à nossa sobrevivência. Falo que seriam muito bem vindas: a extinção da hipocrisia, da violência em todos os sentidos, da miséria, da falta de ética, do desrespeito ao próximo dentre outras coisas.
 Após essa data “fatídica” poderíamos ter um novo ser humano com maior consciência individual e coletiva, um mundo menos consumista e como consequência com menos lixo e poluição, um povo mais educado e obediente às regras de convivência, um mundo de pessoas menos egoístas, um mundo sem mensalões, sem impunidade, sem privilegiados ou preteridos.

Muitos podem afirmar que estou falando de utopia. Pois que seja. Qual o pecado em desejar um mundo melhor? Só depende de nós!

Círculo Vicioso

O círculo vicioso alimentado, de parte à parte, entre políticos e eleitores, destrói qualquer possibilidade de mudanças significativas no at...