segunda-feira, 10 de fevereiro de 2025

O Segredo

 

O Segredo, é um nome de um filme que gira em torno de uma família pequena. Pai, mãe e filha. O pai, é um oftalmologista. Um senhor que ama sua família, mas parece ser muito tolerante com sua filha adolescente. A mãe, dona de casa, faz o papel difícil de regular o comportamento de uma adolescente em transição. A garota, rebelde sem causa, trata a sua mãe com desprezo e se aproveita da benevolência paterna para aprontar poucas e boas.  

Em uma viagem de mãe e filha, as duas acabam discutindo após a mãe cobrar um comportamento mais adequado da menina, salientando o quanto a ama e como sofre por não saber como conduzir a relação entre elas. O carro em que estavam, veio a capotar por conta de uma batida frontal como outro veículo.

Hospitalizadas, lado a lado, em estado grave, as personagens sofrem uma experiência espiritual. A mãe, chega a despertar do coma e, ao ver que sua filha pode não sobreviver, se desespera. Agarra-a pelo pulso, gritando o seu nome. As duas entram num estado crítico e morrem. Após as pacientes sofrerem várias tentativas de reanimação, os médicos desistem. No entanto, antes que a sala se esvaziasse, uma enfermeira percebe a volta dos sinais vitais da garota e ela sobrevive.

Ao acordar, a surpresa. O pai, que estava sentado, esperando o despertar da filha, questiona se a mesma está bem, pronunciando o seu nome. Ela, ainda meio sonolenta, pergunta porque ele a chama de San, nome da filha que se foi. O corpo era da filha, mas o espírito era o da mãe. Uma mulher de trinta e seis anos num corpo de dezesseis.

Profissionais afirmavam se tratar de um trauma psicológico. Depois de algum tempo tudo voltaria ao normal.

Uma situação complicada se instaurou. A esposa desejava o marido, mas era sua filha quem ele enxergava. Acabaram firmando um pacto. Não revelariam a situação a ninguém enquanto esperavam que sua filha assumisse o seu lugar, de fato.

Infiltrada no mundo em que sua filha vivia, muitas foram as situações inusitadas. Mesmo sendo uma aluna exemplar, descobriu-se que o uso de drogas e relações sexuais já faziam parte do cotidiano de San. Confrontada com tal situação, a mãe se viu, entre jovens, sendo assediada e instigada a usufruir do mesmo comportamento.

Rejeitada pelo marido e sendo persuadida como se ela realmente fosse a San, a mãe acabou cedendo às solicitações dos “amigos” e se drogando. A droga desencadeou uma reação temporária. A San se manifestou. Mãe e filha passaram a ter uma certa consciência uma da outra. Ficou claro que San regressaria definitivamente em algum momento. E foi o que aconteceu.

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2025

 Logo que acordo, olho pela janela do meu quarto para admirar o jardim. Não tem como não se extasiar com as flores do manacá de cheiro, de sentir o seu perfume. Não raro, pode-se flagrar um beija-flor que desfila um charme especial ao sugar o seu néctar. Freguês assíduo, imagino. Abelhas e outros insetos também se aproveitam do banquete em roxo e branco.

quinta-feira, 12 de dezembro de 2024

Diário de Uma Senhora "Par@lamentar".

 Querido diário, não é novidade que sempre foi meu desejo, a inexistência do servidor público efetivo. Pronto, falei! Afinal, a maioria deles ousa não acatar a certas ordens, acredita? Alegam ilegalidade. Vê se pode... Eles se acham! A autoridade aqui sou eu! Manda quem pode, obedece quem tem juízo. São tão convencidos que, apenas por estarem há uns trinta ou quarenta anos no serviço público, podem dar palpites na minha administração. Acham que conseguem discernir entre o certo e o errado. Pretensiosos! Veja você, eu não sei gerir nada. Qual o problema do meu menino vir me ajudar? E daí que ele não é contratado? E daí que ele não tem cargo algum no serviço público? E daí? Os servidores efetivos estão se negando a obedecê-lo. Olha só que ousadia! Se é meu bebê, todos devem obedecer. Quem não o fizer, está fora! Nunca gostei desse povo. Só porque fizeram um concurso se acham insubstituíveis. Eles vão ver. Eu sou blindada e sou mulher! Ninguém vai se atrever a me questionar.  



quinta-feira, 5 de dezembro de 2024

O pau que dá em Chico...

As leis no Brasil são tratadas de formas diferentes a depender de quem será beneficiado, ou mesmo desfavorecido. E essa falta de critério podemos encontrar em qualquer esfera de poder. Um benefício qualquer que teria agraciado uma certa classe de trabalhadores numa instituição pode ser anulado, alegando-se não obediência a um certo prazo, por exemplo. Tal procedimento talvez fosse digno de elogios, não é mesmo? Afinal, salvaguardar a lei é fundamental. No entanto, a mesma autoridade, mesmo sob condições idênticas, pode vir a autorizar uma série de benefícios a outras classes de trabalhadores dessa mesma instituição. Ou seja, o pau que dá em Chico nem sempre dá em Francisco.

terça-feira, 19 de março de 2024

Lutar é preciso!

    "O certo é o certo, mesmo que ninguém o faça. O errado é o errado, mesmo que ninguém esteja vendo".

    Eu acredito nisso! Na verdade, todo mundo deveria acreditar nisso! Mas como é difícil pensar e agir assim. Não porque não se queira, mas porque insistem em não deixar. Aquele que se mantém com esse propósito não tem vida fácil. Em algum momento, ele está cercado por muitos apoiadores, parceiros mesmo (pelo menos é o que parecia). Noutro, parece sozinho, igual ao "Personagem" de Cervantes, em meio a uma luta vã contra moinhos de vento. 

    Na corrida contra o inimigo em comum, alguns poucos aliados podem permanecer na luta. Outros, no entanto, vêm a se submeter pelos mais variados motivos: medo, conveniência, subserviência etc. Simplesmente fecham os olhos, não se conscientizando que estão alimentando a um "monstro". Tentemos não julgá-los. Porém, àqueles que foram coniventes, todo o nosso repúdio.

    Mas que inimigo é esse que parece não ter face, vive pelos bastidores? Chamam-no de "Sistema". Dizem que se trata de um mestre na arte da persuasão. Entretanto, não é conhecido apenas pelo seu poder de convencimento. Ele é cruel! Não mede esforços para destruir a quem ousa enfrentá-lo. A gente sabe que o famigerado "Sistema" é constituído de indivíduos e, toda vez que alguém se omite, seja por qualquer razão, acaba por fazer parte do mesmo, fortalecendo-o. 

    Dizem que o mal não prevalece por muito tempo, por mais poder que aparente ter. Seria como admitir haver uma certa ordem em meio ao caos. Hoje, a situação pode estar ruim, mas amanhã, se não estiver pior, há de melhorar. Não se trata de ser otimista ou não. Seria a lei das coisas. Temos que nos conformar? Lógico que não! Há de se lutar! Com sabedoria, obviamente. O inimigo se mostra poderoso, mas tem suas falhas, seu ponto fraco. Até porque, se não houvesse resistência, os maus poderiam ficar entediados. Não queremos isso, não é mesmo?

quarta-feira, 8 de novembro de 2023

Flexibilização/jeitinho

 

    Para viver em sociedade, tivemos que criar leis, estabelecer regras e normas. Não fosse isso viveríamos num caos absoluto. No serviço público isso fica ainda mais evidente, pois segundo a nossa Constituição Federal ninguém vai ser obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa se não em virtude de lei, salvo engano lá no artigo 5º, inciso II. Mesmo com todas essas considerações, há quem se defina, no serviço público, como uma pessoa flexível. A flexibilidade, por si só, pode ser benéfica. Entretanto, nesse caso, seria para não seguir à risca alguma lei, norma ou regra. Segundo seus defensores, a flexibilização se justificaria para atender alguma necessidade da administração pública que, caso fosse fiel aos ditames da lei, não se chegaria ao objetivo final. Ora, a lei regula os atos da administração pública, mas quem regularia a flexibilidade individual? Cada um faria o que achasse conveniente, alegando flexibilidade, e estaria tudo certo? Não nego que possam existir soluções criativas para determinados problemas, sem infringir à lei. Porém, alegar fugir do “engessamento” legal para praticar o famigerado “jeitinho”, seria uma porta aberta à corrupção. Os tribunais de contas são consultivos. Caso necessário eles podem e devem ser questionados sobre as possibilidades de fazer isso ou aquilo. Fato que seria minimizado caso as instituições fossem mais organizadas e prezassem pelo planejamento.

segunda-feira, 9 de outubro de 2023

Reflexão

Sindicatos e associações são criadas para amparar os trabalhadores e representá-los, junto aos patrões, em suas demandas. Qualquer  manifestação contrária a isso, tem, na verdade, o intuito de enfraquecer a classe. Por isso, é imperativo que exista uma consciência coletiva. As negociações devem ocorrer entre os poderes constituídos. Submeter-se aos caprichos de "alienígenas" que circundam pelos bastidores não é a melhor opção, por mais que possa parecer atrativo num primeiro momento. Seria se aliar a um poder obscuro, legitimar o ilegítimo.

segunda-feira, 3 de abril de 2023

Servidores Efetivos e Servidores Temporários: algumas verdades.

     Muita gente tem a ideia preconcebida de que o servidor público efetivo é um privilegiado.  No entanto, não é bem assim. O servidor público efetivo, ou de carreira é aquele que, em sua maior parte, se dedica, anos a fio, em prol de um serviço público melhor para todos.

Mas de onde vem essa concepção de que existe um privilégio? 

      Principalmente por conta da estabilidade no emprego, e a falsa afirmação de que todos os servidores da administração pública ganham super salários.  

É bem verdade, com relação aos salários, que existem algumas “anomalias”, por assim dizer, mas fogem à regra. Em sua maioria, os servidores públicos não são bem pagos. Quando têm um salário um pouco melhor, em relação à população em geral, não é por acaso. Só após muitos anos que alguns salários tornam-se minimamente dignos. Quando querem tentar manchar a imagem dos servidores efetivos, comparam os seus vencimentos aos trabalhadores da iniciativa privada que recebem o salário-mínimo. Trata-se de uma comparação esdrúxula e maldosa. O salário-mínimo é ridículo. 

 

Em se tratando de estabilidade, não há como conceber que o servidor público efetivo se sujeite aos caprichos, devaneios ou má fé de gestores mal-intencionados ou mesmo despreparados para a gestão pública. Salientando que, apesar de se tornar estável, nenhum servidor está imune aos rigores da lei se o mesmo cometer algum ilícito. O Servidor deve ser, essencialmente, um fiscal, um protetor do bem público. Para que exista essa condição, a estabilidade é imprescindível. Ao longo dos anos, parlamentares inescrupulosos, se dedicam a buscar meios de fragilizar o Servidor Efetivo. Querem, a todo custo, acabar com a sua estabilidade. Infelizmente, uma das maneiras utilizadas para diminuir a capacidade do Servidor Efetivo de fazer prevalecer a boa gestão e o respeito ao erário, é a nomeação de cargos temporários. 


Cargos Comissionados de Livre Nomeação e Exoneração. São eles, os detentores dos cargos temporários, até por não terem a estabilidade, que são "vítimas" da tentativa de manipulação por parlamentares e gestores. São presas fáceis por temerem ser exonerados em qualquer tempo.

 

O caso do Servidor CC, merece maiores explicações:   


-  Ao contrário do Servidor Efetivo, o servidor temporário é desobrigado de registrar o ponto, ou seja, não lhes é exigida a assiduidade, nem tampouco cobra-se sua pontualidade; 

- Muitas vezes, mesmo sendo recém nomeados e não tendo a mesma capacidade técnica e experiência, seu salário é superior ao de servidores efetivos com décadas no serviço público; 

- É muito fácil para os gestores criarem novos cargos temporários, enquanto isso, os concursos públicos estão cada vez mais raros. 


Nota-se, de maneira explícita, a preferência dos gestores e parlamentares em geral, pelos servidores temporários. Muitos seriam os motivos, como por exemplo: 


- Raramente dizem não a qualquer ordem, por mais absurda ou mesmo irregular que ela seja; 

- São eleitores em potencial (além do voto de cabresto, muitas vezes são obrigados a trabalhar nas campanhas); 

- Podem se submeter a dividir seus salários com os seus "padrinhos", seja por acordo ou imposição. 


Não quero dizer com isso que não existam "ovelhas desgarradas" entre os servidores efetivos. Sim, elas existem. Alguns nem têm a ideia do que é ser um Servidor Público, na essência. Priorizam o bem-estar pessoal, em detrimento de toda a classe, pelo status de um cargo ou mesmo por alguns tostões a mais em suas contas bancárias. No entanto, trata-se de uma minoria!  


Logicamente, toda essa narrativa diz respeito ao que acontece na França. Alguém aí pensou em um país diferente?

 
 

quinta-feira, 10 de setembro de 2020

Carta ao Eleitor

 

    Caro eleitor, apesar do voto ser obrigatório (por mim, seria facultativo), somos livres para escolher em quem votar, até mesmo anular o voto ou deixá-lo em branco. Entretanto, temos que ter a consciência que, eventualmente, aquele que ajudamos a eleger pode e vai cometer erros, afinal ele também é um ser humano. Além disso, também pode ocorrer dele ser um tremendo sacana, para o nosso desgosto. Portanto, podemos ser militantes ou simpatizantes, mas não podemos ser coniventes. Não temos o direito de ficar inventando desculpas estapafúrdias para defender alguém, pelo simples fato de termos votado nele. Querer justificar os desmandos atuais com aqueles cometidos por seus antecessores, de nada irá adiantar. Cada um deve pagar pelo seu erro. Não sejamos burros. Não sejamos cúmplices. Aquele que acerta, merece todos os créditos. Mas se fizer algo errado, tem que ser chamado a atenção! Se fizer alguma merda, tem que ser responsabilizado! Quando votamos em alguém, não lhe damos carta branca.

quarta-feira, 19 de agosto de 2020

Eleições: Já analisou o seu candidato?

Quando as eleições vão se aproximando dá uma vontade de tentar abrir os olhos das pessoas, de orientá-las. Não que a gente saiba quem será o melhor candidato ou candidata, mas para que o voto seja uma coisa consciente. No entanto, cada vez mais, fico me perguntando se ainda vale à pena. A maioria ainda continua votando por interesses pessoais. Uma promessa de emprego, um favor, um dinheirinho no bolso, um jogo de camisa de futebol ou até um aperto de mão transforma-se em moeda de troca, pelo voto. Não se avalia o que o candidato poderá fazer em prol da sociedade, do município. Não se cobra isso dele, nem antes, tampouco depois de eleito. O que importa é o que essa pessoa pode dar-lhe em troca, elegendo-se ou não. A forma como esse candidato vai conseguir lhe proporcionar o benefício, é irrelevante.


Círculo Vicioso

O círculo vicioso alimentado, de parte à parte, entre políticos e eleitores, destrói qualquer possibilidade de mudanças significativas no at...