- É verdade que se opor ao famigerado "Sistema", pode trazer grandes problemas para aqueles que ousam fazê-lo. No entanto, têm que se ter consciência que não existe neutralidade nesse caso. Mesmo que eventualmente, ou se está contra ou a favor.
sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025
terça-feira, 18 de fevereiro de 2025
"Todo mundo
fala de todo mundo". A hipocrisia reina descaradamente. Poucas são as exceções.
O ser humano nasceu para viver e conviver em grupos, mas a Sinceridade não é
muito benquista. A Verdade, é outra senhoria que não possui muitos adeptos. Vivemos
numa espécie de mundo da fantasia, onde temos que medir as palavras, sonegar
certas informações e abusar do autocontrole. Há quem reclame de como foram
tratados, mas se esquecem que o fizeram, da mesma forma, com outros tantos. Tudo
parece ser uma questão de ponto de vista, de perspectiva.
segunda-feira, 10 de fevereiro de 2025
O Segredo
O Segredo, é
um nome de um filme que gira em torno de uma família pequena. Pai, mãe e filha.
O pai, é um oftalmologista. Um senhor que ama sua família, mas parece ser muito
tolerante com sua filha adolescente. A mãe, dona de casa, faz o papel difícil
de regular o comportamento de uma adolescente em transição. A garota, rebelde
sem causa, trata a sua mãe com desprezo e se aproveita da benevolência paterna
para aprontar poucas e boas.
Em uma viagem
de mãe e filha, as duas acabam discutindo após a mãe cobrar um comportamento
mais adequado da menina, salientando o quanto a ama e como sofre por não saber
como conduzir a relação entre elas. O carro em que estavam, veio a capotar por
conta de uma batida frontal como outro veículo.
Hospitalizadas,
lado a lado, em estado grave, as personagens sofrem uma experiência espiritual.
A mãe, chega a despertar do coma e, ao ver que sua filha pode não sobreviver, se
desespera. Agarra-a pelo pulso, gritando o seu nome. As duas entram num estado
crítico e morrem. Após as pacientes sofrerem várias tentativas de reanimação,
os médicos desistem. No entanto, antes que a sala se esvaziasse, uma enfermeira
percebe a volta dos sinais vitais da garota e ela sobrevive.
Ao acordar, a
surpresa. O pai, que estava sentado, esperando o despertar da filha, questiona
se a mesma está bem, pronunciando o seu nome. Ela, ainda meio sonolenta,
pergunta porque ele a chama de San, nome da filha que se foi. O corpo era da
filha, mas o espírito era o da mãe. Uma mulher de trinta e seis anos num corpo
de dezesseis.
Profissionais
afirmavam se tratar de um trauma psicológico. Depois de algum tempo tudo
voltaria ao normal.
Uma situação
complicada se instaurou. A esposa desejava o marido, mas era sua filha quem ele
enxergava. Acabaram firmando um pacto. Não revelariam a situação a ninguém
enquanto esperavam que sua filha assumisse o seu lugar, de fato.
Infiltrada no
mundo em que sua filha vivia, muitas foram as situações inusitadas. Mesmo sendo
uma aluna exemplar, descobriu-se que o uso de drogas e relações sexuais já
faziam parte do cotidiano de San. Confrontada com tal situação, a mãe se viu,
entre jovens, sendo assediada e instigada a usufruir do mesmo comportamento.
Rejeitada pelo
marido e sendo persuadida como se ela realmente fosse a San, a mãe acabou
cedendo às solicitações dos “amigos” e se drogando. A droga desencadeou uma
reação temporária. A San se manifestou. Mãe e filha passaram a ter uma certa
consciência uma da outra. Ficou claro que San regressaria definitivamente em
algum momento. E foi o que aconteceu.
quarta-feira, 5 de fevereiro de 2025
Logo que acordo, olho pela janela do meu quarto para admirar o jardim. Não tem como não se extasiar com as flores do manacá de cheiro, de sentir o seu perfume. Não raro, pode-se flagrar um beija-flor que desfila um charme especial ao sugar o seu néctar. Freguês assíduo, imagino. Abelhas e outros insetos também se aproveitam do banquete em roxo e branco.
quinta-feira, 12 de dezembro de 2024
Diário de Uma Senhora "Par@lamentar".
Querido diário, não é novidade que sempre foi meu desejo, a inexistência do servidor público efetivo. Pronto, falei! Afinal, a maioria deles ousa não acatar a certas ordens, acredita? Alegam ilegalidade. Vê se pode... Eles se acham! A autoridade aqui sou eu! Manda quem pode, obedece quem tem juízo. São tão convencidos que, apenas por estarem há uns trinta ou quarenta anos no serviço público, podem dar palpites na minha administração. Acham que conseguem discernir entre o certo e o errado. Pretensiosos! Veja você, eu não sei gerir nada. Qual o problema do meu menino vir me ajudar? E daí que ele não é contratado? E daí que ele não tem cargo algum no serviço público? E daí? Os servidores efetivos estão se negando a obedecê-lo. Olha só que ousadia! Se é meu bebê, todos devem obedecer. Quem não o fizer, está fora! Nunca gostei desse povo. Só porque fizeram um concurso se acham insubstituíveis. Eles vão ver. Eu sou blindada e sou mulher! Ninguém vai se atrever a me questionar.
quinta-feira, 5 de dezembro de 2024
O pau que dá em Chico...
As leis no Brasil são tratadas de formas diferentes a depender de quem será beneficiado, ou mesmo desfavorecido. E essa falta de critério podemos encontrar em qualquer esfera de poder. Um benefício qualquer que teria agraciado uma certa classe de trabalhadores numa instituição pode ser anulado, alegando-se não obediência a um certo prazo, por exemplo. Tal procedimento talvez fosse digno de elogios, não é mesmo? Afinal, salvaguardar a lei é fundamental. No entanto, a mesma autoridade, mesmo sob condições idênticas, pode vir a autorizar uma série de benefícios a outras classes de trabalhadores dessa mesma instituição. Ou seja, o pau que dá em Chico nem sempre dá em Francisco.
terça-feira, 19 de março de 2024
Lutar é preciso!
"O certo é o certo, mesmo que ninguém o faça. O errado é o errado, mesmo que ninguém esteja vendo".
Eu acredito nisso! Na verdade, todo mundo deveria acreditar nisso! Mas como é difícil pensar e agir assim. Não porque não se queira, mas porque insistem em não deixar. Aquele que se mantém com esse propósito não tem vida fácil. Em algum momento, ele está cercado por muitos apoiadores, parceiros mesmo (pelo menos é o que parecia). Noutro, parece sozinho, igual ao "Personagem" de Cervantes, em meio a uma luta vã contra moinhos de vento.
Na corrida contra o inimigo em comum, alguns poucos aliados podem permanecer na luta. Outros, no entanto, vêm a se submeter pelos mais variados motivos: medo, conveniência, subserviência etc. Simplesmente fecham os olhos, não se conscientizando que estão alimentando a um "monstro". Tentemos não julgá-los. Porém, àqueles que foram coniventes, todo o nosso repúdio.
Mas que inimigo é esse que parece não ter face, vive pelos bastidores? Chamam-no de "Sistema". Dizem que se trata de um mestre na arte da persuasão. Entretanto, não é conhecido apenas pelo seu poder de convencimento. Ele é cruel! Não mede esforços para destruir a quem ousa enfrentá-lo. A gente sabe que o famigerado "Sistema" é constituído de indivíduos e, toda vez que alguém se omite, seja por qualquer razão, acaba por fazer parte do mesmo, fortalecendo-o.
Dizem que o mal não prevalece por muito tempo, por mais poder que aparente ter. Seria como admitir haver uma certa ordem em meio ao caos. Hoje, a situação pode estar ruim, mas amanhã, se não estiver pior, há de melhorar. Não se trata de ser otimista ou não. Seria a lei das coisas. Temos que nos conformar? Lógico que não! Há de se lutar! Com sabedoria, obviamente. O inimigo se mostra poderoso, mas tem suas falhas, seu ponto fraco. Até porque, se não houvesse resistência, os maus poderiam ficar entediados. Não queremos isso, não é mesmo?
quarta-feira, 8 de novembro de 2023
Flexibilização/jeitinho
Para viver em sociedade, tivemos que criar leis, estabelecer regras e normas. Não fosse isso viveríamos num caos absoluto. No serviço público isso fica ainda mais evidente, pois segundo a nossa Constituição Federal ninguém vai ser obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa se não em virtude de lei, salvo engano lá no artigo 5º, inciso II. Mesmo com todas essas considerações, há quem se defina, no serviço público, como uma pessoa flexível. A flexibilidade, por si só, pode ser benéfica. Entretanto, nesse caso, seria para não seguir à risca alguma lei, norma ou regra. Segundo seus defensores, a flexibilização se justificaria para atender alguma necessidade da administração pública que, caso fosse fiel aos ditames da lei, não se chegaria ao objetivo final. Ora, a lei regula os atos da administração pública, mas quem regularia a flexibilidade individual? Cada um faria o que achasse conveniente, alegando flexibilidade, e estaria tudo certo? Não nego que possam existir soluções criativas para determinados problemas, sem infringir à lei. Porém, alegar fugir do “engessamento” legal para praticar o famigerado “jeitinho”, seria uma porta aberta à corrupção. Os tribunais de contas são consultivos. Caso necessário eles podem e devem ser questionados sobre as possibilidades de fazer isso ou aquilo. Fato que seria minimizado caso as instituições fossem mais organizadas e prezassem pelo planejamento.
segunda-feira, 9 de outubro de 2023
Reflexão
Sindicatos e associações são criadas para amparar os trabalhadores e representá-los, junto aos patrões, em suas demandas. Qualquer manifestação contrária a isso, tem, na verdade, o intuito de enfraquecer a classe. Por isso, é imperativo que exista uma consciência coletiva. As negociações devem ocorrer entre os poderes constituídos. Submeter-se aos caprichos de "alienígenas" que circundam pelos bastidores não é a melhor opção, por mais que possa parecer atrativo num primeiro momento. Seria se aliar a um poder obscuro, legitimar o ilegítimo.
segunda-feira, 3 de abril de 2023
Servidores Efetivos e Servidores Temporários: algumas verdades.
Muita gente tem a ideia preconcebida de que o servidor público efetivo é um privilegiado. No entanto, não é bem assim. O servidor público efetivo, ou de carreira é aquele que, em sua maior parte, se dedica, anos a fio, em prol de um serviço público melhor para todos.
Mas de onde vem essa concepção de que existe um privilégio?
Principalmente por conta da estabilidade no emprego, e a falsa afirmação de que todos os servidores da administração pública ganham super salários.
É bem verdade, com relação aos salários, que existem algumas “anomalias”, por assim dizer, mas fogem à regra. Em sua maioria, os servidores públicos não são bem pagos. Quando têm um salário um pouco melhor, em relação à população em geral, não é por acaso. Só após muitos anos que alguns salários tornam-se minimamente dignos. Quando querem tentar manchar a imagem dos servidores efetivos, comparam os seus vencimentos aos trabalhadores da iniciativa privada que recebem o salário-mínimo. Trata-se de uma comparação esdrúxula e maldosa. O salário-mínimo é ridículo.
Em se tratando de estabilidade, não há como conceber que o servidor público efetivo se sujeite aos caprichos, devaneios ou má fé de gestores mal-intencionados ou mesmo despreparados para a gestão pública. Salientando que, apesar de se tornar estável, nenhum servidor está imune aos rigores da lei se o mesmo cometer algum ilícito. O Servidor deve ser, essencialmente, um fiscal, um protetor do bem público. Para que exista essa condição, a estabilidade é imprescindível. Ao longo dos anos, parlamentares inescrupulosos, se dedicam a buscar meios de fragilizar o Servidor Efetivo. Querem, a todo custo, acabar com a sua estabilidade. Infelizmente, uma das maneiras utilizadas para diminuir a capacidade do Servidor Efetivo de fazer prevalecer a boa gestão e o respeito ao erário, é a nomeação de cargos temporários.
Cargos Comissionados de Livre Nomeação e Exoneração. São eles, os detentores dos cargos temporários, até por não terem a estabilidade, que são "vítimas" da tentativa de manipulação por parlamentares e gestores. São presas fáceis por temerem ser exonerados em qualquer tempo.
O caso do Servidor CC, merece maiores explicações:
- Ao contrário do Servidor Efetivo, o servidor temporário é desobrigado de registrar o ponto, ou seja, não lhes é exigida a assiduidade, nem tampouco cobra-se sua pontualidade;
- Muitas vezes, mesmo sendo recém nomeados e não tendo a mesma capacidade técnica e experiência, seu salário é superior ao de servidores efetivos com décadas no serviço público;
- É muito fácil para os gestores criarem novos cargos temporários, enquanto isso, os concursos públicos estão cada vez mais raros.
Nota-se, de maneira explícita, a preferência dos gestores e parlamentares em geral, pelos servidores temporários. Muitos seriam os motivos, como por exemplo:
- Raramente dizem não a qualquer ordem, por mais absurda ou mesmo irregular que ela seja;
- São eleitores em potencial (além do voto de cabresto, muitas vezes são obrigados a trabalhar nas campanhas);
- Podem se submeter a dividir seus salários com os seus "padrinhos", seja por acordo ou imposição.
Não quero dizer com isso que não existam "ovelhas desgarradas" entre os servidores efetivos. Sim, elas existem. Alguns nem têm a ideia do que é ser um Servidor Público, na essência. Priorizam o bem-estar pessoal, em detrimento de toda a classe, pelo status de um cargo ou mesmo por alguns tostões a mais em suas contas bancárias. No entanto, trata-se de uma minoria!
Logicamente, toda essa narrativa diz respeito ao que acontece na França. Alguém aí pensou em um país diferente?
Círculo Vicioso
O círculo vicioso alimentado, de parte à parte, entre políticos e eleitores, destrói qualquer possibilidade de mudanças significativas no at...
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Um Sorriso! Pés descalços, roupas sujas, sem um banho decente há mais de dois dias. Esse sou eu! O retrato do abandono, do desencanto, de ...
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