quarta-feira, 10 de agosto de 2011

“Cada macaco no seu galho”

Acho ridículo quando ouço certas figuras declarando, com uma retórica batida, que ninguém poderia criticar atitudes desprovidas de ética e/ou moral de outrem porque se em seus lugares estivessem todos fariam a mesma coisa.

A imperfeição do ser humano é fato. Ninguém discute isso. Qualquer pessoa comete erros ou pode agir com violência por mais pacifista que demonstre ser, dentre outras mazelas. Entretanto mesmo com toda essa certeza é leviano afirmar, taxativamente, que isso ou aquilo irá acontecer. Que alguém tomaria essa ou aquela atitude caso estivesse nessa ou naquela situação. Quem alega isso tenta justificar seus próprios instintos. Como se quisesse socializar seu jeito de ser, sua tendência e, por que não dizer, sua predisposição a um comportamento, no mínimo, discutível.

Essa maneira de agir poderia ser explicada pela falta de caráter, pura e simplesmente ou como sendo conseqüência do que vemos em nosso dia a dia. Pouquíssimas pessoas, por exemplo, acreditam na existência de algum político honesto devido aos escândalos que não param de acontecer.

Outro dia não pude deixar de ouvir uma conversa entre duas pessoas muito simples. Uma dizia à outra que a gente não pode transferir para os outros a culpa por aquilo de errado que cometemos. Em outras palavras: todos têm que assumir os seus erros. Eles acontecem. Não adianta dizer que “fulano” ou “cicrano” cometeria os mesmos erros. Até porque isso não é necessariamente uma verdade. Quem os cometeu foi você.

A tentativa de alguém querer compartilhar sua incompetência, sua falta de zelo, negligência, desonestidade ou qualquer coisa do gênero é deprimente.

Parece obvio, mas a solução para os problemas começa quando se admite a existência dos mesmos e só assim a confiança se restabelecerá e todos que estão envolvidos no processo se sentirão à vontade para propor soluções e ajudar no que for preciso.

Lutar é preciso!

     "O certo é o certo, mesmo que ninguém o faça. O errado é o errado, mesmo que ninguém esteja vendo".      Eu acredito nisso! N...