sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Só Amor!



Antes eu negava o seu querer
Por medo de sofrer eu me defendia
“Amor, eu não posso te perder”
Era o que você sempre me dizia


Não acreditava na força dessa paixão
Preferia não sentir mais dor
Tantas idas e voltas causaram-me desilusão
Mas você sempre me dizia que eu era o seu grande amor


Muito ressentido e ressabiado
Fechei os olhos, perdido, em meio à multidão
Mas você sempre dizia querer estar ao meu lado
Em corpo, alma e coração.


Encantado com tanto carinho e dedicação
Nada poderia mais fazer a não ser me entregar
Agora sou eu que te digo, meu bem
O meu destino é te amar, te amar, te amar!







terça-feira, 1 de agosto de 2017

Lembranças!

   

Acordei hoje com lembranças de quando eu era “moleque” e frequentava a casa da minha avó no município de Santa Bárbara, na parte alta de um povoado ao qual nos acostumamos a chamar de Candeal Pequeno, nome dado a uma fazenda da região. Era uma casa grande, mas encantadoramente simples. Tinha paredes brancas, portas e janelas de madeira pintadas de azul. Eram três quartos, cozinha, sala e varanda. Até então não era provida de banheiro, não sei se pela falta de recursos e/ou pela falta de água encanada. Havia uma árvore esplendorosa um pouco à frente da casa, do lado esquerdo, onde os animais se escondiam do sol. O vento batia em suas flores vermelhas, derrubando-as ao chão, formando um grande tapete. Na parte de trás da residência existia um tanque com água em abundância proveniente das chuvas que ocorreram com gosto àquela época.

O amanhecer na casa da minha avó era divino. Recordo-me de dormir à noite, depois de longas e interessantes histórias, à luz de candeeiros, contadas por minha avó e meu pai, imaginando o dia seguinte. Como havia dito antes a casa ficava na parte mais alta do povoado, isolada. Logo muito cedo, ao despertar, eu e meus irmãos corríamos para a varanda, sentávamos num banco grande de madeira e, encantados, ouvíamos o cantar dos pássaros. Ficávamos em silêncio, admirando o som da natureza. Nas primeiras horas da manhã uma neblina sempre cobria toda a extensão da propriedade e não dava para enxergar nada a mais de dez metros de distância. Antes que percebêssemos a chegada de algum visitante os cachorros começavam a latir. Só mais tarde conseguíamos ouvir as passadas de cavalos. Geralmente era um de meus tios trazendo o leite. Em meio à neblina ouvia-se o ranger da porteira (lá, chamavam-na de cansela) ao se abrir.

Logo, a refeição matinal estava pronta. Ainda sinto o cheiro do café que minha avó preparava num forno a lenha. Uma delícia! Café, leite (tirado da vaca, logo cedo), batata, pão, inhame, bolos. Tudo muito natural e delicioso. Todo esse banquete era servido numa mesa de madeira, muito grande. Os bancos eram iguais ao da varanda, cabiam de quatro a cinco pessoas em cada um deles, assim como algumas galinhas que, teimosamente, insistiam em querer compartilhar da nossa comida. Vivia-se de uma forma modesta, mas havia sentimento, acolhimento. Muitas saudades daqueles tempos!






Lutar é preciso!

     "O certo é o certo, mesmo que ninguém o faça. O errado é o errado, mesmo que ninguém esteja vendo".      Eu acredito nisso! N...