segunda-feira, 30 de agosto de 2010

O Brasil da Copa

Li na internet (http://colunistas.ig.com.br/guilhermebarros/2010/08/27/odebrecht-tera-financiamento-do-bndes-e-isencao-fiscal-na-construcao-do-estadio-do-corinthians/ ) que Lula, ele mesmo, o nosso presidente teria sido o principal articulador do projeto de construção do estádio do Corinthians pela empresa Odebrecht para que o mesmo seja sede da Copa de 2014, inclusive com a possibilidade de promover o jogo de abertura. Até que ponto isso poderia ser considerado normal? A construtora utilizaria financiamento do BNDES, ou seja, dinheiro público.
Apesar de não parecer ilegal, há, no entanto, uma impressão de cartas marcadas. O gestor do “Timão” foi o Chefe da delegação da Confederação Brasileira de Futebol - CBF que participou da Copa do Mundo na África do Sul e a candidatura do Estádio do Morumbi, pertencente ao time do São Paulo, já havia sido impugnada pelo Comitê da Copa que tem como membro, o presidente da CBF, o senhor Ricardo Teixeira.
Para piorar as coisas o Lula parece utilizar-se do prestígio presidencial para ajudar o seu time do coração.
A Copa do Mundo no Brasil, por si só, já traz uma desconfiança de que possa ocorrer tráfico de influência, corrupção e que muito dinheiro público poderá encher os bolsos de muita gente, de maneira ilegal, e fatos como os citados acima só reafirmam que o receio é legítimo.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Conto XIV

Noite Sombria 


Uma neblina intensa cobria a cidade. Ninguém em sã consciência deveria andar por aquelas ruas. Havia boatos de que um maníaco atacava as pessoas com uma navalha. Entretanto o dever me chamava. Trabalhava como garçom numa casa noturna e não tinha muita escolha.


Naquela noite passei por uma experiência incrível e perigosa. Estava servindo às mesas quando um homem muito estranho entrou no bar. Ele era muito alto. Deveria ter quase dois metros. Vestia-se de preto. Fui servi-lo. 


— Pois não, senhor! Em que posso... — Traga-me um conhaque — interrompeu-me bruscamente. 


— É claro, só um instante. — respondi. 


Fui pegar sua bebida, mas não antes de perceber uma tatuagem em sua mão direita. Era uma caveira com flores ao redor. Aquilo me deu calafrios. O bar estava cheio, contudo aquela figura chamava a atenção. Ele não demorou muito. Saiu logo após tomar seu terceiro drinque. Foi aí que cometi meu grande erro do dia. Resolvi segui-lo. 


— Aonde você pensa que vai? — perguntou o meu colega. — Agüenta as pontas aí, eu já volto! 


Imaginei, naquele individuo, a figura do tal maníaco que haviam falado. Fui atrás dele. Ficava numa distância de, mais ou menos, vinte metros para que não percebesse que o estava seguindo. Suas passadas eram largas e tive que correr em alguns momentos. Enfim, ele parou. Estávamos numa rua praticamente vazia. Fiquei escondido numa das esquinas. Apenas ele, eu e um par de gatos pretos insistíamos em permanecer ali. O silencio reinava. Ele parecia estar esperando alguém. O tempo passava e o meu medo era ainda maior, porém continuava vigilante e determinado a elucidar aquele mistério. Vinte minutos se passaram. Eu já estava desistindo, pois tinha que voltar ao trabalho. Até que uma mulher aparece caminhando em direção àquele senhor sinistro. Não sabia o que fazer. Tentei avisá-la do perigo que ela correria se desse mais alguns passos, quando meu telefone celular tocou. Era meu colega garçom. Atendi rapidamente, torcendo para que o “malfeitor” também não tivesse ouvido.


— Cadê você? O patrão ta louco da vida contigo! — Não posso falar agora. Tchau! 


Tarde demais. O “maníaco” estava na minha frente. Não sabia se eu corria, rezava ou até mesmo se chorava. Minhas pernas tremiam. O coração quase sai pela boca. 


— Você é o cara do bar! Por acaso estava me seguindo? — Eu... Eu... Não! Não! 


Quando pensei que seria retalhado e jogado aos cães, ouvi uma linda voz perguntando:


— Algum problema papai?


Fiquei surpreso.


— Papai? — perguntei.


— Sim! Essa é minha filha e aquela é a minha casa. Eu aguardo a minha Suzana chegar da faculdade aqui todos os dias. Essa rua é muito deserta e com esses boatos de maníaco solto por aí... 


— Por favor, me desculpe! Eu e minha imaginação fértil. Deixei-me levar pelas aparências e achei que o senhor poderia ser esse louco.


— Suma daqui! — disse-me. 


Estava indo embora quando percebi que aquele homem deixara cair algum objeto. Fui pegá-lo. Poderia diminuir meu constrangimento devolvendo-lhe algo que havia perdido, pensei. Só fui saber de que artefato se tratava quando o peguei nas mãos. Uma navalha!

Lutar é preciso!

     "O certo é o certo, mesmo que ninguém o faça. O errado é o errado, mesmo que ninguém esteja vendo".      Eu acredito nisso! N...