Investir na segurança,
saúde e educação são as “prioridades” de todos os candidatos à presidência da
República. E não é diferente com os candidatos à gestão dos estados e
municípios. No entanto o que acontece, de uma maneira geral, é bem diferente.
Pagamos uma carga tributária muito elevada e estamos longe de ter o retorno
desejado. Somos obrigados (aqueles que têm um pouco mais de condição) a
recorrer ao setor privado para suprir aquilo que não nos é dado como
contrapartida aos impostos que pagamos.
Com relação à
segurança recorremos a câmeras, cercas elétricas e alarmes. Há quem utilize dos
serviços de empresas clandestinas de segurança que se multiplicam diante a
inércia do poder público.
Quanto à saúde
não é raro vermos filas intermináveis, falta de leitos, de médicos e,
principalmente, de estrutura para um atendimento digno. Pessoas que necessitam
de atendimento com urgência se humilham e muitas vezes têm que pagar “por fora”
por cirurgias já cobertas pelo Sistema Único de Saúde – SUS. E para garantir
nosso bem estar e de nossos entes queridos recorremos a planos de saúde
privados que, por sua vez, limitam o atendimento ao conveniado. Parece mais um
beco sem saída.
No que diz
respeito ao sistema educacional as paralisações de professores é recorrente por
melhores salários e condições de trabalho. O ensino é fraco e mais uma vez
procuramos refúgio no setor privado. A qualidade de ensino nas escolas
particulares é bem superior, mas cobram-se mensalidades exorbitantes.
Enfim, o
governo que teria a obrigação de nos oferecer segurança, saúde e educação de
qualidade empurram-nos para o setor privado que cobra caro pelos seus serviços
e nem sempre os mesmos são satisfatórios. Somos reféns de um sistema cruel que
nos faz pagar duas vezes pelos mesmos serviços.
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