segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Teoria sobre a Corrupção no Brasil

Disseram-me, certo dia, que poderíamos dividir a população brasileira em três classes distintas: cinco por cento das pessoas seriam incorruptíveis; vinte e cinco por cento seriam formados por indivíduos corruptos de carteirinha e os setenta e cinco por cento restantes dançariam conforme a música. Ou seja, não seriam, necessariamente, corruptas. No entanto seriam mais suscetíveis a sofrer desvios de conduta seja para atingir interesses pessoais ou mesmo por não saber dizer não a pressões nos seus ambientes de trabalho. Não temos como saber se esses percentuais estão corretos, mas creio que as considerações são bastante plausíveis. A teoria ora descrita faz um desenho ruim da nossa sociedade. Concentrando-se apenas naqueles setenta e cinco por cento dá pra imaginar alguns fatores que poderiam ter levado o autor a chegar a essas conclusões. A falta de conscientização da população; os maus exemplos de políticos inescrupulosos; a impunidade; a ineficiência dos órgãos fiscalizadores são elementos que proporcionam maior vulnerabilidade. Esses “incentivos” transformam cidadãos, antes considerados de boa índole, em corruptores ou alvos fáceis para que sejam corrompidos. Em se tratando de corrupção, geralmente faz-se uma relação imediata com benefícios financeiros, porém um indivíduo pode ser corrompido pelo sistema ou pelo seu “diabinho” interior no que diz respeito aos seus procedimentos tanto na sua vida pessoal assim como no seu espaço profissional. Nas administrações do setor público não é difícil de encontrar pessoas que antes tinham comportamentos morais e éticos dignos de admiração, mas que os deixaram diluir com o passar do tempo. Entraram no rol dos funcionários públicos que de alguma maneira contribuem para a falência das instituições e sua conseqüente falta de credibilidade. Vale salientar que ninguém é perfeito e mesmo aqueles que seriam considerados incapazes de se corromper podem cometer erros, porém seriam erros involuntários.

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