quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Asecamufs: 1, 2... 3?


A diretoria que assumiu a Associação dos Servidores da Câmara Municipal de Feira de Santana-Asecamufs, logo depois de um período de intervenção em que uma comissão de associados investigou o desfalque cujos valores ultrapassaram a marca de R$ 80.000,00 (oitenta mil reais), deu como terminada a sua administração. Ao apresentar, com dois anos de atraso, a sua prestação de contas relatou um novo débito por volta de R$ 20.000,00 (vinte mil reais). Desta vez, proveniente da inadimplência de alguns associados. Tal fato passou a ser de conhecimento de todos em uma assembléia ocorrida no dia 16 de fevereiro de 2012. O filme parece ser o mesmo, entretanto tem lá suas diferenças. No primeiro caso houve uma mistura de falta de transparência, desorganização, negligência e desonestidade. Não se sabe se por corporativismo, falta de empenho de nós associados ou ineficiência e morosidade da justiça até hoje ninguém foi punido ou o dinheiro recuperado. Os débitos foram pagos em negociações, em que os valores originais foram diminuídos aproveitando-se do desespero dos credores, graças à venda de um terreno pertencente à Associação.

Há quem não faça a mínima questão de lembrar-se do ocorrido e, talvez por isso mesmo, os erros continuaram a acontecer.

A gestão que ora se encerrou pecou e muito. Primeiro não prestou contas mensalmente dos atos e fatos que envolviam a Associação. Agiu da mesma forma que a diretoria anterior. Ou seja, faltou transparência. E errou quando não puniu os maus pagadores. “Passou a mão na cabeça” de associados “caloteiros” que deixaram de quitar seus débitos relacionados aos planos de saúde. 

Quem sabe por estes motivos a diretoria, na pessoa do seu presidente, não via com bons olhos a realização de assembléias.

O incrível de tudo isso é que a diretoria que dá como encerrado os seus trabalhos, com a cumplicidade de alguns associados, se diz aliviada por ter entregado a Asecamufs com dinheiro em caixa. Como assim? O dinheiro que ficou é o saldo daquela venda do terreno em que parte da quantia foi destinada ao pagamento dos fornecedores, também vítimas do desvio (que caiu no esquecimento) e do débito que essa gestão permitiu acontecer quando não tomou providências para estancar a sangria. Essa diretoria, em conjunto com os inadimplentes, tem responsabilidade, sim, pelo débito apresentado, assim como a diretoria anterior tem responsabilidade pelo desfalque.

Sei que me indisponho com muita gente quando critico as mazelas e tudo que acho errado. Mas espero que as pessoas não levem para o lado pessoal. Por isso mesmo que desejo sorte à nova diretoria empossada para trabalhar pelos próximos dois anos, como também ao Conselho Fiscal. Que tenham comprometimento e ajam com transparência, discernimento e honestidade. Vale ressaltar que assim como eu, ao criticar, os novos diretores terão que se indispor com muita gente se quiserem fazer um trabalho do jeito que deve ser feito.

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