A diretoria que assumiu a
Associação dos Servidores da Câmara Municipal de Feira de Santana-Asecamufs,
logo depois de um período de intervenção em que uma comissão de associados
investigou o desfalque cujos valores ultrapassaram a marca de R$ 80.000,00
(oitenta mil reais), deu como terminada a sua administração. Ao apresentar, com
dois anos de atraso, a sua prestação de contas relatou um novo débito por volta
de R$ 20.000,00 (vinte mil reais). Desta vez, proveniente da inadimplência de
alguns associados. Tal fato passou a ser de conhecimento de todos em uma
assembléia ocorrida no dia 16 de fevereiro de 2012. O filme parece ser o mesmo,
entretanto tem lá suas diferenças. No primeiro caso houve uma mistura de falta
de transparência, desorganização, negligência e desonestidade. Não se sabe se
por corporativismo, falta de empenho de nós associados ou ineficiência e
morosidade da justiça até hoje ninguém foi punido ou o dinheiro recuperado. Os
débitos foram pagos em negociações, em que os valores originais foram
diminuídos aproveitando-se do desespero dos credores, graças à venda de um
terreno pertencente à Associação.
Há quem não faça a mínima questão
de lembrar-se do ocorrido e, talvez por isso mesmo, os erros continuaram a
acontecer.
A gestão que ora se encerrou
pecou e muito. Primeiro não prestou contas mensalmente dos atos e fatos que
envolviam a Associação. Agiu da mesma forma que a diretoria anterior. Ou seja,
faltou transparência. E errou quando não puniu os maus pagadores. “Passou a mão
na cabeça” de associados “caloteiros” que deixaram de quitar seus débitos
relacionados aos planos de saúde.
Quem sabe por estes motivos a
diretoria, na pessoa do seu presidente, não via com bons olhos a realização de
assembléias.
O incrível de tudo isso é que a
diretoria que dá como encerrado os seus trabalhos, com a cumplicidade de alguns
associados, se diz aliviada por ter entregado a Asecamufs com dinheiro em caixa. Como assim? O
dinheiro que ficou é o saldo daquela venda do terreno em que parte da quantia
foi destinada ao pagamento dos fornecedores, também vítimas do desvio (que caiu
no esquecimento) e do débito que essa gestão permitiu acontecer quando não tomou
providências para estancar a sangria. Essa diretoria, em conjunto com os
inadimplentes, tem responsabilidade, sim, pelo débito apresentado, assim como a
diretoria anterior tem responsabilidade pelo desfalque.
Sei que me indisponho com muita
gente quando critico as mazelas e tudo que acho errado. Mas espero que as
pessoas não levem para o lado pessoal. Por isso mesmo que desejo sorte à nova
diretoria empossada para trabalhar pelos próximos dois anos, como também ao
Conselho Fiscal. Que tenham comprometimento e ajam com transparência,
discernimento e honestidade. Vale ressaltar que assim como eu, ao criticar, os
novos diretores terão que se indispor com muita gente se quiserem fazer um
trabalho do jeito que deve ser feito.
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